Num comunicado enviado às redações, a Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto demonstra a sua “estranheza” pelo facto de, nas medidas destinadas a algumas entidades da Economia Social, não tenham sido considerados setores específicos como o Movimento Associativo Popular, que conta com cerca de 30 mil entidades a nível nacional.
Manifestando o seu desagrado, a Confederação continua à espera de respostas por parte da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social relativamente às propostas apresentadas, que englobam uma possibilidade de orientação às autarquias locais para que apoiem as pequenas e médias coletividades, num valor de até mil euros por mês, e uma linha de crédito para as grandes coletividades para fazer face a pagamentos a trabalhadores. Outra das propostas é garantir o acesso imediato ao lay off total ou parcial dos trabalhadores das coletividades com pagamento total pelo Orçamento do Estado.
Segundo a CPCCRD, o Governo está “obrigado a respeitar o principio da discriminação positiva para o Movimento Associativo Popular” e relembra que as coletividades “não são empresas privadas que geram lucros”, pelo que pretendem que “como entidades da Economia Social, recebam 100 por cento a fundo perdido para continuarem a fazer o seu papel imprescindível e insubstituível na sociedade”.