GOLFISTAS DE MIRAMAR DOMINARAM TAÇA KENDALL

O nonagenário Golfe de Miramar, a escassa dezena de anos da comemoração dseu centenário, acaba de protagonizar uma proeza notável, ao vencer, a mediática Taça Kendall, prova do calendário federativo, em 36 buracos, que durante dois dias se disputou nos relvados do próprio clube espinhense, Oporto Golf Club (par 71), o mais antigo clube português da modalidade, fundado no ano de 1890.

Tratando-se a Taça Kendall, de um evento entre os mais antigos do próprio calendário do clube espinhense, a proeza dos amadores de Miramar é ainda mais relevantePor outro lado, para avaliar o nível técnico dos mais de meia centena de participantes, de todo o pais, não poderiam ter “handicap” superior a 11, o que conferiu ao evento ainda mais qualidade.

Assim, a grande figura do torneio foi Pedro Lencart da Silva, actual campeão de Miramar e um dos melhores amadores nacionais do momento, que realizou duas voltas notáveis, para terminar isolado com um “score” relativo de três abaixo (-3), com voltas de 69 e 70. Além disso, Lencart da Silva foi também a único a cumprir as duas voltas abaixo do par, contra uma acima do seu companheiro de clube, Hugo Camelo Ferreira, que terminou com voltas de 73 e 70. 

O terceiro patamar do pódio foi ainda para Miramar, através de Pedro Clare Neves, que terminou com 145 (+3), com voltas de 74 e 71, em parceria com o seu companheiro Pedro Cruz Silva e com o espinhense Gonçalo Mata, todos com agregado de 145 (3 acima). Assim, Gonçalo Mata foi o melhor representante da “casa”, num “top-ten” que incluiu Vasco Alves (+6), Tomás Perkins (+7), Ricardo Garcia (+8) e Alberto Costa Marques )+9), este por sinal um jovem que fez grande parte da formação no clube miramarense.

Vertente feminina afirma-se

no Golfe Quinta do Fojo

Já passaram mais de uma dúzia de anos desde o período áureo que o Golfe da Quinta do Fojo viveu na vertente feminina, se recordarmos o título nacional que a instituição presidida por Filomena Rito conquistou no ano de 2006, sob a orientação técnica da profissional Patrícia Brito e Cunha. Porém, com a mudança de rumo de alguns dos melhores elementos para outras paragens, a modalidade abrandou no clube. Contudo, com o regresso da actividade competitiva “pos-pandemia” a este percurso situado na freguesia gaiense de Canidelo, tudo parece querer regressar à normalidade e no mínimo, entusiasmo parece não faltar. O fim de Abril e o inicio de Maio coincidiram com a disputa de outros tantos torneios – Torneio da Primavera e Torneio da Mulher – bastante concorridos, nos quais as praticantes femininas marcaram presença relevante. No Torneio da Primavera, com um “field” misto, próximo das quatro dezenas de amadores, a classificação bonificada deu a vitória a Paula Marques, que não desperdiçou a generosidade do seu “handicap” (41) para cumprir destacada o percurso dos 18 buracos, após ter rubricado um “scorecard” com 41 pontos, à frente de Francisco Mendes (39) e do trio José Eça, António Mota e Nelson Conceição, todos com 38. Já na classificação “gross”, que privilegia os concorrentes tecnicamente mais capazes, Gonçalo Mota, um dos mais credenciados em campo (“hdcp”. 6 mas jogou para 5), venceu com 31 pontos, seguido de António Mota e Francisco Serrano, com 29, Pedro Sá e Vítor Mota, ambos com 28.

O outro evento com relevância feminina foi o denominado Torneio da Mulher, no qual sobressaíram Ana Cunha, vencedora “gross” e a actual campeã do clube, Isabel Barbosa, em “net”. A alinhar com uma bonificação de 23 pancadas, a campeã do Fojo impôs-se destacada, com 41 pontos, mais quatro que a segunda classificada, Ana Cunha (37), mas com apenas com 17 pancadas de bonificação, enquanto Paula Marques e Helena Carvalho equipararam-se com 33, Eugénia Magalhães, com 31, e a reaparecida Sofia Rito, antiga campeã do clube, com 29. Quanto à modalidade “gross” (sem abono), a citada Ana Cunha impôs-se com 21 pontos, deixando Isabel Barbosa a dois pontos (19), Eugénia Magalhães e Sara Mendes, com 17, e Sofia com 16.

Flores” para Gonçalo Mota

Entretanto, no tradicional Torneio das Flores, que envolveu cerca de três dezenas de participantes de várias origens, o grande vencedor foi Gonçalo Mota, que se impôs nas duas modalidades classificativas, embora na classificação bonificada a sua vantagem tenha sido escassa. A jogar com “5” de “handicap”, Gonçalo Mota chegou ao “18” com um “scorecard” de 37 pontos, mais um apenas do que Tomás Lavandeira, José Oliveira e Carlos Dias, todos com 36, e o anfitrião Joaquim Santos, com 35. Já na modalidade “Gross”, com 32 pontos, Gonçalo Mota obteve três pontos mais que Carlos Dias (29), enquanto Francisco Pinho (28), Vítor Mota (26) e o ex-campeão Paulo Castelo, que foi quinto, com 25 pontos. A performance de Gonçalo Mota registou quatro acima do par (64), tendo rubricado um “birdy”, 13 pares, três “bogeys” e um duplo, ou seja, menos três pancadas do que o vice-campeão do clube, Carlos Dias, que terminou no patamar do seu nível de jogo (+7).