Centenas de pessoas participaram na Festa em honra do Divino Espírito Santo, organizada pela Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, que aconteceu no dia 12 de julho. Além dos utentes da instituição organizadora, e de outras da mesma índole do concelho, estiveram também presentes diversas individualidades políticas, entre as quais o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, e várias forças de segurança, associativas e civis do município.
A Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande organizou, no passado dia 12 de julho, a Festa em honra do Divino Espírito Santo, uma tradição da instituição, bem como do povo açoriano, que regressou, depois de dois anos de interregno causados pelas restrições da pandemia da Covid-19 que proliferou pelo país e pelo mundo.
Participaram centenas de pessoas no cortejo processional e na Eucaristia com a tradicional Coroação, entre elas os idosos dos Centros de Dia da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, bem como de outras instituições do concelho, nomeadamente da Santa Casa da Misericórdia da Maia, do Centro Social de Santa Bárbara, das Casas do Povo de Rabo de Peixe e da Ribeirinha, bem como os CATL’s da Misericórdia, utentes da valência de Animação de Rua “Espaço Extremo”, do Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil (CDIJ) “Porto Seguro” e utentes do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI). A festa foi, assim, um autêntico convívio intergeracional, com muita animação e alegria.
Foram, também, muitas as entidades oficiais que participaram na iniciativa, entre as quais o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, o vereador José António Garcia, bem como a representante do Instituto da Segurança Social dos Açores (ISSA), Tânia Fonseca, e a coordenadora do Núcleo local de Inserção da Ribeira Grande, Cristina Dutra. Marcaram ainda presença, o deputado da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e presidente da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, Jaime Vieira, o representante da Esquadra da Ribeira Grande da PSP, Gonçalo Medeiros, o presidente da Associação dos Bombeiros locais, Norberto Gaudêncio, e os presidentes das Juntas de Freguesia da Conceição e Ribeira Seca, Gisela Rodrigues e José Manuel Aguiar, respetivamente.
Depois da Eucaristia, celebrada por Manuel da Silva Galvão, pároco da Matriz de Nossa Senhora da Estrela da Ribeira Grande, e acompanhada pelo coro da Santa Casa, composto, sobretudo, por funcionários do serviço de apoio ao domicílio, realizou-se um almoço, seguido de um convívio, que contou com a animação do artista popular André Soares, que pôs todos a dançar, independentemente da idade.
Nelson Correia, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, disse, em declarações exclusivas ao Jornal AUDIÊNCIA, que “este ano, a festa realizou-se com ainda mais força”. A grande diferença esteve, sobretudo, no novo espaço que a instituição adquiriu, “um armazém continuo à Santa Casa, que consegue receber cerca de 600 pessoas”, local onde ocorreu o convívio e que foi, inteiramente, decorado pelas funcionárias e utentes da Misericórdia. O provedor garantiu que este espaço foi muito bem recebido por todos e que ajudou a abrilhantar a celebração deste ano. “Em relação às coroações, este ano, foram mais reduzidas, porque houve alguma incerteza relativamente ao levantamento das restrições pandémicas”, contou o provedor, deixando a intenção clara de que, no próximo ano, as coisas possam voltar à antiga normalidade.
O que regressou, e em força, foi a participação da população nas comemorações. “As pessoas tinham saudades desta festa, como de todas elas. A enorme adesão tem sido comum a todas as festas, aqui, na Ilha de São Miguel. Havia alguma ânsia das pessoas depois destes dois anos”, constatou o provedor Nelson Correia.
A Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande promove, ao longo do ano, diversas festas de índole religiosa, como a do Divino Espírito Santo, que foi comemorada no passado dia 12 de julho, mas também uma em honra da Nossa Senhora das Misericórdias, outra em honra de Santo António, onde a instituição procede à distribuição de pães, entre muitas outras. Estas celebrações são tradições deixadas pelos mais antigos e o provedor garantiu que é preciso ter o passado e a história em conta para um futuro próspero. “A nossa instituição tem 700 utentes, mais de 200 idosos e cerca de 500 jovens e crianças, e todos os eventos que fizermos com esses utentes, são bons”, disse.
Apesar dos dois anos de interregno, Nelson Correia disse que a experiência da Santa Casa fez com que a organização fosse simples e o balanço da atividade não podia ser mais positivo. Este ano foram cerca 300 as pessoas que estiveram na Festa em honra do Divino Espírito Santo da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, no entanto, para a edição de 2023, o provedor pretende que mais gente participe. “O nosso objetivo é alargar mais o evento à população, nomeadamente à mais carenciada”, referiu, lembrando que a rede à qual prestam apoio com a distribuição de alimentos é grande e que seria importante que mais dessas pessoas participassem, no próximo ano, colocando um objetivo de mais 100 pessoas, pelo menos.