No XV Congresso Insular das Misericórdias dos Açores e da Madeira, que aconteceu na Ilha do Faial, Luís Garcia, presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) apelou ao combate da institucionalização precoce da população idosa, bem como mencionou a necessidade da conjugação de esforços dos vários setores da sociedade para assegurar o bem-estar dos mais velhos. No seu discurso, o presidente do Parlamento dos Açores, ainda destacou o papel das Misericórdias ao longo dos tempos, classificando-as como um “um pilar das políticas sociais”.
O presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, apelou, no discurso de encerramento da XV edição do Congresso Insular das Misericórdias dos Açores e da Madeira, que aconteceu na cidade da Horta, ao combate da institucionalização precoce da população idosa, defendendo a necessidade de se intervir mais cedo e “de forma mais articulada, para retardar o mais possível a institucionalização das nossas populações envelhecidas”.
Luís Garcia também chamou a atenção para a necessidade da conjugação de esforços de todos os agentes da sociedade civil e política no encontro de soluções que garantam o bem-estar das populações, em especial, as mais envelhecidas. O presidente da ALRAA garantiu que “ainda há um longo caminho a percorrer” no que diz respeito às políticas sociais da Região, sendo que “nesse contexto, deposito grande esperança e expetativa no programa Novos Idosos, que está a ser implementado pelo Governo Regional dos Açores”, sublinhou, considerando o projeto um bom exemplo de cooperação entre entre Governos, Misericórdias e outras IPSS.
Dirigindo-se a todos os que se encontravam no Salão Nobre da Sociedade Amor da Pátria, onde decorreu o congresso, Luís Garcia enalteceu o trabalho desenvolvido pelas Misericórdias em todo o país e sobretudo nos Açores, atendendo às suas especificidades territoriais ultraperiféricas. “Ao longo dos séculos, as Misericórdias foram sempre promovendo a qualidade de vida das populações locais, prestando, criando e desenvolvendo os seus serviços segundo princípios da qualidade, igualdade e responsabilidade social, defendendo a dignidade humana, apostando no desenvolvimento pessoal dos seus utentes e no desenvolvimento profissional dos seus colaboradores”, enalteceu o presidente da ALRAA. Reconhecendo que as Misericórdias “têm capacidade para ser mais eficazes do que qualquer máquina governamental, e isto sem desprimor para qualquer Governo, por melhor que trabalhe nessa área”, o presidente do Parlamento dos Açores sublinhou ainda que estas instituições “serão sempre um pilar das políticas sociais”. Luís Garcia ainda destacou a capacidade que as Misericórdias têm de se adaptar aos tempos, referindo-se, em especial, ao enorme desafio colocado pela pandemia da Covid-19.
O XV Congresso Insular das Misericórdias dos Açores e da Madeira, que se realizou de 14 a 16 de outubro, na Ilha do Faial, sob o tema “Sustentabilidade das Misericórdias: Caminhos para o Futuro”, foi organizado pela União Regional das Misericórdias dos Açores em parceria com o Secretariado das Misericórdias da Madeira, tendo contado com o apoio da União das Misericórdias Portuguesas. O próximo Congresso Insular das Misericórdias dos Açores e da Madeira realizar-se-á no Funchal, em 2024.