No dia 13 de outubro, foi inaugurado o requalificado Largo do Senhor do Palheirinho, em Avintes. Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, marcou presença no evento e descerrou a placa inaugurativa, ao lado de Cipriano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Avintes. O edil gaiense destacou, na sua intervenção, a necessidade de existirem mais espaços dedicados às pessoas e menos destinados ao estacionamento.
A cerimónia de inauguração do requalificado Largo do Senhor do Palheirinho, em Avintes, aconteceu no dia 13 de outubro e contou com a presença de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, diversos vereadores da mesma autarquia, e variados representantes associativos, religiosos, civis e militares da freguesia.
O momento simbólico teve início com o tradicional descerrar da placa inaugurativa, pelas mãos de Eduardo Vítor Rodrigues e Cipriano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Avintes.
O pároco da localidade, Renato Poças, antes do momento da bênção ao renovado local, fez questão de dirigir algumas palavras ao público, exaltando que “este espaço já viu lágrimas e alegria, já viu festa e frustração, já viu partilhas, já sentiu vidas, já viu bebés que hoje são adultos e que já trazem cá os seus filhos e netos, por isso, hoje, celebramos, também, a história”.
Terminado o momento da bênção, foi a vez de Cipriano Castro fazer um pequeno discurso, onde começou por referir que o Centro Cívico da freguesia é constituído por dois espaços principais, sendo o renovado largo um deles. “É a reabilitação de todo este espaço central de Avintes que, verdadeiramente, aqui estamos, hoje, a inaugurar, personificado neste Largo do Senhor do Palheirinho, que foi o que recebeu a mais significativa transformação. É, sem dúvida, uma obra e uma renovação que, agora, uma vez concluída, vai permitir a toda a esta zona, mas principalmente a este largo, ganharem uma nova dinâmica e uma nova vida”, disse o autarca, exaltando que tal vai ser muito visível no mês de dezembro, com as atividades de Natal.
“Estou, ou melhor, estamos, pois penso poder, assim, falar em nome de muitos anónimos avintenses, agradecido à Câmara Municipal pela nova vida que foi proporcionada a todo este espaço e que muito beneficia, também, a nossa Casa da Cultura”, exaltou, ainda, Cipriano Castro, afirmando que acredita que as melhorias poderão atrair a realização de novas atividades, bem como trazer mais pessoas a Avintes e, assim, “beneficiar todos os que vivem e trabalham nesta zona”.
Porém, o presidente da Junta de Freguesia não deixou escapar o momento e relembrou Eduardo Vítor Rodrigues de uma obra há muito ansiada pelos avintenses. “Não posso deixar de referir que está a faltar, a todo este Centro Cívico de Avintes, a cereja no topo do bolo e que, tão breve quanto for possível, gostaríamos de poder ver iniciarem-se as obras de reabilitação do Teatro Almeida e Sousa”, terminou Cipriano Castro.
Seguiu-se a intervenção de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, que mencionou o facto de a autarquia estar a criar centros cívicos espalhados por todo o concelho e em cada freguesia, ressaltando que os espaços de encontro são mais importantes do que os estacionamentos. “Tenho a certeza de que quem faz, diariamente, 30 ou 40 minutos de caminhada, não terá nenhum problema em fazer dois minutos a pé, desde o lugar de estacionamento até aqui (…). Estamos num tempo em que temos de devolver o território às pessoas, temos de permitir que elas se encontrem, no velho modelo da praça, que hoje também chamamos de centro cívico”, aludiu o edil gaiense.
“Este sempre foi um espaço de sociabilidade, mesmo quando não havia carros”, continuou Eduardo Vítor Rodrigues, afirmando que “é preciso valorizar os espaços de encontro, onde os mais jovens possam jogar à bola sem necessidade de estarem atentos à passagem de automóveis, onde um menos jovem possa conviver e jogar às cartas num sitio aprazível, onde não tenha de apanhar com a passagem dos autocarros junto à mesa onde joga e onde valorizemos os espaços comerciais, não pela possibilidade de se estacionar à porta deles, mas pela possibilidade de termos sítios dignos, que sejam valorizados, para evitar que as pessoas vão aos centros, onde, na maioria das vezes, também não é permitido circular de carro, mas onde é bonito, porque se pode caminhar. Temos de avançar, do ponto de vista mental, de modelo de desenvolvimento, querer para a nossa terra aquilo que sabemos que é bom na terra dos outros, dar um avanço à freguesia”.
“Acho que entre o futebol e a arquitetura há uma semelhança, é que todos opinam. É a cor da pérgula que não é suficientemente bonita, é o alinhamento que devia ser diferente, é a qualidade do mobiliário urbano, é o tipo de chão”, salientou o autarca sobre as críticas, deixando o desafio às associações avintenses, para que dinamizem o espaço e o usem para os seus eventos e iniciativas.
Quanto ao Teatro Almeida e Sousa, Eduardo Vítor Rodrigues referiu que estão, agora, em condições para lançar o concurso para a obra, uma vez que o projeto já foi concluído e entregue pelo arquiteto, no entanto, destacou que “não é possível ter um Teatro Almeida e Sousa maravilhoso a funcionar se, depois, cada um achar que pode sair da porta do carro, à porta do teatro”, voltando a frisar o respeito que os automóveis e os seus condutores têm de ter pelas pessoas e pelos seus espaços de fruição.
“Tenho muito orgulho em saber que, com esta obra completa, a Freguesia de Avintes passa a ter mais um espaço digno, como tem, hoje, a zona do Areinho”, terminou o edil gaiense, recordando que, também lá, a Câmara recebeu duras críticas pelas suas opções.
Durante a cerimónia, os presentes ainda tiveram a oportunidade de ouvir um poema, recitado por Manuel Franclim Cardoso, e, no final, puderam assistir à atuação da Tuna da Academia Sénior de Avintes.