CÂMARA DE GAIA QUER COMBATER DESIGUALDADES DE GÉNERO

Partindo da premissa de que a administração pública local desempenha um papel fundamental na eliminação das desigualdades e discriminações, com base no sexo, potenciando práticas de parceria e de trabalho coletivo, a Câmara Municipal de Gaia elaborou o Diagnóstico Municipal para a Igualdade. Este trabalho envolveu a auscultação de serviços e empresas municipais, parceiros da rede social, comunidade escolar, entidades do setor da saúde e organismos que trabalham com as populações mais vulneráveis.

Assim, foi possível identificar as vulnerabilidades e fragilidades, potencialidades e recursos do município, promovendo uma análise compreensiva das condições e modos de vida de mulheres e homens que residem e/ou trabalham no concelho. Entre os pontos fortes, destacou-se a existência de uma rede social cooperante e ativa no município; a aposta da autarquia na promoção da conciliação da vida pessoal, familiar e profissional dos seus colaboradores; a existência de iniciativas que promovem a inclusão social e que incentivam a participação cívica, cultural e desportiva da população. Pelo contrário, entre os pontos a melhorar, realça-se a baixa natalidade do município; a existência de um alto nível de mulheres sem escolaridade; a necessidade de promover uma linguagem mais inclusiva nas atividades e medidas da autarquia ou de criar mecanismos de denúncia por parte dos trabalhadores.

Identificados os problemas e as potencialidades, foi elaborado um documento estratégico com propostas de atividades, o Plano Municipal para Igualdade 2022-2025, que visam contribuir para a integração da perspetiva de género nas diferentes áreas de gestão da autarquia, encorajando o desenvolvimento de boas práticas, promotoras de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e de conciliação da vida profissional, familiar e pessoal.

O plano inclui um total de 41 medidas, sendo que 15 se enquadram na vertente interna, dirigidas especialmente aos recursos humanos da autarquia, e as restantes 26 medidas estão enquadradas na vertente externa, tendo como público-alvo, fundamentalmente, a comunidade e as entidades locais.