O presidente do Comité das Regiões Europeu, Vasco Cordeiro, participou, no passado dia 27 de maio, no Fórum Social do Porto. Promovido pelo Governo português e a Comissão Europeia, esta iniciativa teve como principal objetivo assinalar o segundo aniversário da Cimeira Social da Invicta e fazer um balanço da implementação do compromisso firmado, bem como dos avanços do pilar dos direitos sociais.
Na ocasião, também marcaram presença António Costa, primeiro-ministro, Nicolas Schmit, comissário europeu para o Emprego e Direitos Sociais, Oksana Zholnovych, ministra dos Assuntos Sociais da Ucrânia, os ministros dos Assuntos Sociais e Emprego da Holanda e França, Karien Van Gennip e Olivier Dussopt, respetivamente, o presidente da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais do Parlamento Europeu, Dragos Pislaru, assim como representantes de parceiros sociais.
Em causa estava, reafirmar o papel social da Europa, com o intuito de criar sinergias para os desafios do futuro e para uma União Europeia (UE) mais inclusiva, justa e social, com mais emprego e integração.
Neste contexto, o presidente da instituição que representa as cidades e regiões da União Europeia fez questão de salientar “a importância que a realização do Fórum Social do Porto tem, porque assinala que a Cimeira Social do Porto, de 2021, não foi um evento de ocasião, mas, sobretudo, porque nos permite aferir periodicamente os resultados”.
Integrando o painel sobre “O Ano Europeu das Competências como motor da dupla transição”, Vasco Cordeiro defendeu “a necessidade de a EU reforçar a dimensão local e regional, porque em muitas políticas comunitárias, nomeadamente nos transportes, na gestão de resíduos e na habitação, a boa cooperação e diálogo com as autoridades locais e regionais é condição de eficácia dessas políticas”.
Garantindo que para a dupla transição, digital e ambiental, ser bem-sucedida é preciso maior coordenação não só entre os níveis de poder europeu, local e regional, mas também com os setores social e privado, o presidente do Comité das Regiões Europeu alertou que, “se assim não for, existe o risco real do aumento das disparidades entre territórios e comunidades”.