A inexistência de provas em número suficiente para garantir um maior ritmo competitivo dos velejadores nacionais tem sido um entrave evidente ao normal funcionamento desta modalidade olímpica entre nós. No entanto, à mingua de regatas, num calendário que de ano para ano vai “emagrecendo” a olhos vistos, há quem não falhe à primeira manifestação para tentar recuperar o perdido. O caso mais evidente prende-se com o “lendário” laserista leceiro Serafim Gonçalves, há mais de duas décadas ininterruptas a representar o Clube Naval Povoense (Póvoa de Varzim), cuja realidade evidencia um apego inequívoco à modalidade, que apraz registar.
Mas não foi em vão que Serafim Gonçalves foi dos primeiros a reservar a sua participação num competição que tão bem conhece, por via do já vasto historial que ostenta no seio da modalidade, já que o velejador da formação poveira não deu o tempo por mal empregue e acabou por se sagrar vencedor indiscutível, com a particularidade de arrebatar as seis regatas que preenchiam o evento. Em face do exposto, Serafim Gonçalves dominou por completo a competição dominando as seis regatas concretizadas, para terminar no primeiro patamar do pódio, com seis pontos de penalização, enquanto as restantes posições pertenceram ao anfitrião Pedro Figueiredo, segundo com oito pontos, e a terceira ao veterano Manuel Machado, também um grande entusiasta da modalidade, agora a representar o Clube de Vela da Costa Nova, que terminou com 15 pontos de penalização.
Como já tenho referido em situações idênticas, Serafim Gonçalves nasceu para a modalidade nas Escolas de Formação do Sport Clube do Porto, em Leça da Palmeira, mas representa o Clube Naval Povoense há mais de duas décadas e ostenta já um vasto historial de troféus, entre primeiros lugares, a par de muitas outras presenças no “pódio”, desde as suas primeiras experiências.