Depois do lançamento da primeira edição, em novembro, em Ponta Delgada, Ana Isabel d’Arruda apresentou, no passado dia 27 de janeiro, na Casa dos Açores do Norte, no Porto, a segunda edição do livro “As Fantásticas Lendas dos Açores”. Esta sessão, que foi repleta de magia e transportou os presentes pelo mundo da imaginação, contou com a participação de Avelina Ferraz, fundadora do Grupo de Comunicação Novembro, Pedro Paulo Câmara, escritor, e Manuela Bulcão, escritora e poetisa, assim como de inúmeros sócios e amigos.
A Casa dos Açores do Norte, no Porto, acolheu, no passado dia 27 de janeiro, o lançamento da segunda edição do livro “As Fantásticas Lendas dos Açores”, da autoria da pontadelgadense Ana Isabel d’Arruda. Esta sessão, que foi repleta de magia e transportou os presentes pelo mundo da imaginação, contou com a participação de Avelina Ferraz, fundadora do Grupo de Comunicação Novembro, Pedro Paulo Câmara, escritor, e Manuela Bulcão, escritora e poetisa, assim como de inúmeros sócios e amigos.
“As Fantásticas Lendas dos Açores” é uma obra infantojuvenil composta por quinze narrativas e onze músicas a elas associadas, que permitem que os leitores resgatem a memória da descoberta e do povoamento dos Açores, através de uma viagem mítica e ficcional até às origens, tradições e histórias seculares do arquipélago.
A apresentação foi inaugurada por Miguel Azevedo, presidente da Direção da Casa dos Açores do Norte, que, em relação à temática das lendas açorianas, recordou que “durante a pandemia, nós promovemos uma rúbrica online e convidamos vários sócios e amigos da casa para filmarem vídeos exatamente sobre as lendas dos Açores. Foi muito interessante e deu-nos imenso prazer, porque permitiu darmos a conhecer algumas das nossas histórias”.
Neste seguimento, Avelina Ferraz, fundadora do Grupo de Comunicação Novembro, responsável pela edição desta obra, foi convidada a tomar a palavra, sublinhando que “de facto, este é um livro que, para além de ser um grande veículo para a instrução, é, acima de tudo, a valorização da identidade, da memória, da história de um povo e de um território”. Parabenizando a autora, a fundadora do Grupo de Comunicação Novembro, ressaltou, ainda, que “para mim, enquanto editora, é uma honra poder contar com esta obra e com o nome de Ana Isabel d’Arruda na chancela da Editorial Novembro”.
Presente na ocasião, a escritora e poetisa faialense Manuela Bulcão também se dirigiu à plateia, revelando que “esta casa diz-me muito, pois já fiz apresentações das minhas obras aqui e, como açoriana que sou, costumo dizer que esta é a minha Casa dos Açores”.
Apresentando a autora Ana Isabel d’Arruda, a poetisa frisou que “é uma pessoa que me diz muito, uma amiga do coração. É a minha irmã da alma, porque os irmãos do coração e da alma nós podemos escolher”.
Posteriormente, foi o escritor e professor açoriano Pedro Paulo Câmara quem se pronunciou acerca da obra e da sua autora, não escondendo que considera Ana Isabel d’Arruda “extremamente criativa, astuta e genial”.
Assegurando que este livro, tal como a Casa dos Açores do Norte, “também extravasa os próprios limites constrangedores da ilha”, o também investigador enalteceu que “o escrito de Ana Isabel d’Arruda é rico por si só, ímpar, total sem estar concluído e inconcluso sem perder qualidade, porque é sempre tempo de fundar novas lendas, no movimento presente e cronológico de recriação e de ampliação do real, numa estratégia humanamente fundamentada de ressignificação do presente, do passado e do desconhecido”.
Durante a sua intervenção, Pedro Paulo Câmara fez questão de sublinhar que esta é uma obra para todos, uma vez que “despoleta a criatividade adormecida em cada um de nós, precisamente pelo estímulo da sensibilidade e pelo dramatismo estético da sua composição multissensorial”.
Para o docente, as lendas contribuem para a preservação e promoção de princípio éticos, normas sociais e tradições de uma sociedade, pelo que são, assim, “um repositório de identidade cultural, naturalmente enraizadas nas crenças e na mitologia de um povo. Elas contribuem para a formação, solidificação e construção da identidade cultural de uma comunidade, facilitando a conexão com as suas raízes ancestrais e com a sua história”.
Reiterando que considera “As Fantásticas Lendas dos Açores” como sendo “uma obra extremamente complexa e rica, porque não se finda nas palavras”, o também escritor afiançou que “a ilustração sonora da obra é mais do que um elemento decorativo, já que a música desempenha um papel significativo no domínio pedagógico, contribuindo para o desenvolvimento, em plenitude, dos indivíduos, em campos distintos. Assim, a melodia e a letra combinadas, contribuem para o desenvolvimento cognitivo, estimulando a memória. (…) Este livro é uma celebração de cor, de vida e de entusiasmo, é um hino à criatividade e à magia que nos devia contagiar a todos, todos os dias em que nós suspiramos cansados do quotidiano”.
A sessão terminou com a intervenção da autora desta obra, Ana Isabel d’Arruda, que, depois de agradecer a todos os presentes, contou que “começo por trazer a «Lenda da Atlântida», com um transporte pelas ilhas encantadas, que vai dar origem à «Ilha das Sete Cidades» e, posteriormente, à nossa Freguesia das Sete Cidades e, partindo desta lenda, vou para Santa Maria e para São Miguel. Portanto, há uma seleção de lendas das ilhas todas, algumas bastante curiosas”.
Salientando que, no final do livro “As Fantásticas Lendas dos Açores” existe “um apêndice, que é uma ficha de leitura, muito vulgar nas escolas e alguns jogos de palavras, para motivar a leitura dos nossos jovens”, a escritora asseverou que se trata de uma obra “com quinze lendas, com factos históricos, verídicos e confirmados várias vezes em livros científicos. Tem, também, onze músicas, que estão disponíveis através de um código QR e vão desde o lírico, ao rock, até à balada”.