Foi a primeira regata que Serafim Gonçalves disputou na presente época. No entanto, nem aquilo que poderia ter sido a desmotivadora falta de ritmo competitivo do velejador foi suficiente para arredar do pódio o veterano representante do Clube Naval Povoense (Póvoa de Varzim), detentor de um vasto historial de cerca de quatro décadas, timidamente iniciadas na sua adolescência, nas escolas do Sport Clube do Porto, em Leça da Palmeira (Matosinhos).
Por isso, na sua estreia de 2024, em Vigo, Serafim Gonçalves voltou a mostrar a sua “garra”, ao superar os primeiros obstáculos da temporada, ainda que a conquista do primeiro lugar do Troféu Ria de Vigo, como sempre organizado pelo Real Clube Náutico daquela cidade costeira da Comunidade Autónoma da Galiza, ali bem perto da fronteira portuguesa de Valença, tenha sido disputada ao milímetro, pelo menos em relação aos candidatos aos primeiros lugares da tabela.
Em boa verdade, os grandes animadores do evento desportivo foram Serafim Gonçalves e o anfitrião José Cordero, que acabariam igualados ambos com nove pontos, enquanto o terceiro patamar do pódio foi para outro velejador da “casa”, António Gaona, que se ficou pelos oito pontos de penalização, contra os apenas “3” de Gonçalves e Cordero. Porém, foi a melhor performance de Serafim Gonçalves na última regata, que conferiu ao velejador do Naval Povoense a obtenção do triunfo, por sinal o primeiro da temporada.
Ainda assim, este não foi um evento fácil para os competidores que estiveram em prova, devido à irregularidade do vento. Estava agendada a realização de seis regatas , mas devido às limitações provocadas pelas dificeis condições atmosféricas, apenas foi possível concretizar duas: uma frustração evidente para os velejadores, que se viram impossibilitados de competir, devido a obstáculos que ninguém pode suportar com agrado.