Situadas na Ribeira Grande, as Termas das Caldeiras são as mais antigas dos Açores. Num edifício repleto de história, construído em 1811, é possível desfrutar dos benefícios das águas termais sulfúreas e de inúmeros tratamentos exclusivos, nomeadamente, de lama vulcânica. Em exclusivo ao AUDIÊNCIA, Luísa Pereira, sócia-gerente da Precious Serenity, empresa concessionária das Termas das Caldeiras, afirmou que “o nosso principal objetivo é sermos um marco no turismo nacional, em termos de termalismo”.
As Termas das Caldeiras assumem-se como sendo um verdadeiro refúgio de bem-estar na Ribeira Grande. Situadas num edifício repleto de história, que foi construído em 1811, é neste estabelecimento que se encontra a primeira banheira de pedra, datada de 1803, onde o rei D. Carlos tomou um banho termal, durante a sua visita aos Açores. “Houve vários períodos na utilização do termalismo, mas foi sempre uma área que se perpetuou no tempo”, salientou Luísa Pereira, sócia-gerente da Precious Serenity, empresa concessionária das Termas das Caldeiras, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, revelando que “o termalismo nasce da minha paixão pela saúde e pela vulcanologia. Portanto, quando eu encontrei o termalismo foi a simbiose perfeita entre duas paixões que eu achava que não tinham qualquer correlação entre elas e com o termalismo eu descobri que havia a possibilidade de eu poder trabalhar as duas paixões em simultâneo”.
Com uma média diária de cerca de 200 utilizadores, este estabelecimento foi, durante sete meses, alvo de uma remodelação interior profunda, tenho reaberto no mês de julho do ano transato. “Nós alteramos o espaço totalmente. Foram criadas novas salas de tratamento e reorganizamos o próprio espaço, de forma a potenciarmos a sua utilização, tendo em conta que se trata de um edifício bastante antigo, que carecia de algumas obras”, sublinhou a sócia-gerente, revelando que o que motivou “também foi o facto de termos ganho esta nova concessão, o potenciou uma remodelação mais coesa e mais profunda”.
Estas, que são as termas mais antigas dos Açores, contam com um circuito termal, com águas sulfúreas que, segundo Luísa Pereira, “são essencialmente indicadas para problemas dermatológicos, devido ao seu pH, que é ácido, entre 2.6 e 2.8 sensivelmente, o que faz com que toda a camada de pele morta seja removida. Portanto, há uma limpeza da pele e por isso tem uma indicação bastante dermatológica. No entanto, tem algumas propriedades minerais que são indicadas para problemas musculoesqueléticos”.
No espaço de Spa, os utilizadores podem usufruiu de diversos tratamentos, nomeadamente, massagens de relaxamento com óleo e com pedras quentes, assim como massagens e tratamentos com lama vulcânica, direcionados para a valência do bem-estar. “A lama vulcânica é um produto mineral proveniente dos minerais constituintes da água e ela é aplicada na pele, passa por um processo de secagem e depois é feita uma hidratação também. Aqui dentro temos vários tratamentos inovadores, alguns deles únicos no mundo como é o caso do Baby Spa Termal, um projeto pioneiro no mundo. Temos também um Spa de Pés, sempre com recurso à água termal e uma das nossas novidades também é o Spa Capilar”, asseverou a sócia-gerente da Precious Serenity
Assegurando que a valência do bem-estar é a que mais tem crescido nos últimos anos, na área do termalismo, a responsável por este espaço evidenciou que “isso acaba por ocorrer devido à capacitação das pessoas na questão da prevenção da saúde, ou seja, estão cada vez mais conscientes em relação aos seus benefícios”.
Para Luísa Pereira, “o nosso principal objetivo é sermos um marco no turismo nacional, em termos de termalismo. Eu acho que os Açores têm particularidades extraordinárias no mundo do termalismo, nomeadamente a pureza da água, o seu teor e a sua mineralização. Nós somos um projeto com nove anos de existência e neste espaço temporal temos conseguido situações extraordinárias, nomeadamente já ganhamos dois prémios, um deles em 2023 no Spa Awards, que é reconhecimento internacionalmente, com o «Melhor Tratamento». Portanto, eu acho que temos conseguido de alguma forma vincular a nossa missão no termalismo”.
Garantindo que os ribeiragrandenses continuam a procurar as Termas das Caldeiras, a responsável por este espaço revelou que “nós estamos até a trabalhar num cartão do utilizador, com três valências diferentes e com a combinação de tratamentos e banhos a preços mais acessíveis, também para beneficiar a população local. Ao nível de utilizadores, eu costumo dizer que o termalismo, em geral, é transversal a todas as idades, porque, na verdade, como são recursos 100% naturais, não têm qualquer contraindicação”.
Radiante e a pensar no futuro, Luísa Pereira adiantou que “nós temos a previsão da construção de três novos tanques. Nós adquirimos, em 2019, um prédio subjacente aqui às Termas das Caldeiras e temos, neste momento, um projeto para o desenvolvimento de uma unidade de alojamento. Temos essa previsão de crescimento e prevemos abrir a nova zona em 2025”.