O salão nobre da Junta de Freguesia de Olival acolheu a cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de construção da Casa Mortuária de Olival. Orçada em cerca de 384 mil euros, esta obra conta com um prazo de execução de nove meses e vai colmatar uma ânsia há muito sentida pela população, criando um espaço digno e adequando ao apoio às famílias na hora de velar os seus entes queridos.
A cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de construção da Casa Mortuária de Olival decorreu no salão nobre da Junta de Freguesia de Olival e contou com a presença de autarcas, deputados e representantes de entidades civis, militares e religiosas.
Este equipamento, resulta de um investimento de cerca de 384 mil euros da Câmara Municipal de Gaia e vai colmatar uma ânsia há muito sentida pela população, criando um espaço digno e adequando ao apoio às famílias na hora de velar os seus entes queridos.
Com um prazo de execução de nove meses, este novo espaço será localizado junto à Igreja de Olival, num dos acessos laterais ao cemitério, e terá uma entrada, átrio, instalação sanitária e duas salas de velatório/capelas. A divisória entre as salas de velatório será amovível, permitindo obter uma sala de maiores dimensões, sempre que se justifique.
A falta de uma Casa Mortuária era uma preocupação antiga para os habitantes deste território, pelo que, com a implantação deste equipamento, a autarquia pretende não só proporcionar à população um espaço de celebração dos rituais fúnebres, mas também criar um espaço funcional, que fosse liberto de referências religiosas imediatas, com elementos funcionais e espaciais adaptados a todos.
Após a assinatura do documento por parte de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, e de Fernanda Silva, em representação da firma adjudicatária, Nunanda – Engenharia e Construções, foi Manuel Azevedo, presidente da União de Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma (SOLC), quem deu início às intervenções.
Assegurando que “hoje estamos a dar mais um passo na concretização de um objetivo que eu tinha assumido há muitos anos e que por diversas razões só agora é possível concretizar”, o autarca sublinhou que “a nossa freguesia tem necessidade de ter uma Casa Mortuária para que possamos despedir-nos dos nossos concidadãos de forma digna e com o conforto possível para momentos por si já muito dolorosos”.
Na ocasião, o edil afirmou, ainda, que “optámos por escolher este local. Sabemos que pode parecer um local estranho, porque durante muitos anos vimos este espaço como um jardim, mas acreditem que vai ficar uma obra digna e emblemática para a nossa freguesia. Lembramos a proximidade ao cemitério, à igreja matriz, à futura residência paroquial e ao centro cívico. Com a ajuda da Câmara desenvolvemos aqui um projeto de grande qualidade que vai valorizar o espaço. (…) Por isso, hoje estamos aqui a lançar a primeira pedra desta obra. Mas não é apenas um número político, em ano de eleições. É marcar o início da obra”.
Salientando a importância de “termos este equipamento ao serviço das pessoas”, Manuel Azevedo fez questão de agradecer à Câmara Municipal pelo investimento e de evocar todas as obras que foram realizadas com o apoio de autarquia, recordando que “ter uma casa paroquial é um sonho de todos os olivalenses e do senhor padre Barros”.
Por fim, foi Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, quem tomou a palavra. Ressaltando que “hoje é o momento de lançamento desta importante obra”, o edil enalteceu que “não vivemos num tempo onde tudo é possível. Não vivemos num tempo onde há dinheiro para tudo. Optámos”.
Segundo o edil gaiense, “esta pode não ser uma obra inaugurada pelo senhor presidente da Junta, mas eu garanto que a Câmara tem, neste momento, todo o dinheiro para pagar até o último cento, a obra no dia da sua conclusão. Fica com o dinheiro reservado”.
Não escondendo que “o que desejo é que a Casa Mortuária de Olival se faça”, o presidente da Câmara Municipal de Gaia garantiu que “a obra vai começar, a empresa receba e tenha vontade de, cada vez que nós lançarmos uma empreitada, vir a jogo, porque saberá que, em Vila Nova de Gaia, nós fazemos a coisas direitinhas, pagamos a tempo e horas e não deixarmos ninguém pendurado”.
No final da sua intervenção, Eduardo Vítor Rodrigues reforçou que “agora a freguesia terá a casa mortuária. A seguir, trataremos da Casa Paroquial, de uma maneira ou outra, e aquilo que não pudermos fazer ainda neste ciclo, que se perceba que não foi por preguiça, que não foi por falta de interesse ou falta de vontade, mas foi sobretudo porque, em 12 anos, nós gerimos 18, gerimos os 12 do ponto de vista da receita e 18 do ponto de vista da despesa e o dinheiro não é elástico. (…) Bem sei que é uma casa mortuária, mas é uma casa mortuária bonita. Acho que tem até um simbolismo especial na forma como está desenhada e tem coisas importantes para quem olha para uma casa mortuária, não como um sítio da morte, mas como um sítio da ligação à vida”.