(O texto abaixo, da autoria de um amigo, Manuel da Costa Moreira, havia sido publicado no portuense Jornal de Notícias (“JN”) em Setembro de 2022. Porém, por me parecer de transcendente importância para o desenvolvimento do nosso País em termos energéticos, com anuência do autor, achei por bem repeti-lo agora nesta rede social.)
…..Quando os judeus ocuparam o território que é hoje o Estado de Israel, aquilo era pouco mais que um deserto. Hoje, com o auxílio dos norte-americanos, e apesar da inimizade dos árabes, possuem tecnologia suficientemente avançada para a obtenção de água doce para transformar terrenos áridos em zona cultivável. E até exportam fruta, legumes, etc. Porém, em Portugal essa tecnologia não é aproveitada, com o pretexto de que é muito cara e que a dessalinização tem vários inconvenientes, a começar pelo facto de a água não ser supostamente tão saudável quanto seria desejável. Em resumo: traz consigo mais riscos que vantagens (dizem os críticos !)… Então será prudente esperar mais algum tempo, até que possam surgir processos mais vantajosos que tornem a dessalinização segura e barata.
Esta posição parece tão razoável, que provavelmente esperaremos largos anos sem nada se fazer. Só que, quando descobrirmos a tecnologia ideal, sem riscos, já o nosso país se terá tornado naquilo que muitos já hoje vaticinam – uma terra deserta.
Mas, afinal, a tecnologia nuclear não será portadora de maiores riscos do que a dessalinização da água do mar? E, no entanto, muitos países, incomparavelmente mais desenvolvidos que o nosso, usam-na para obter grande parte da energia de que necessitam … E a França, por exemplo, não é propriamente um país de tolos!
Assim sendo, dada a importância que o tema assume actualmente para o nosso País, e tal como Manuel Costa Moreira enfatiza no texto, é pertinente que todos nos interroguemos: ATÉ QUANDO VAMOS ESPERAR PELA TECNOLOGIA IDEAL ?