Até meados de novembro é possível visitar na Casa Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia, a mais recente exposição de Agostinho Santos, “Homem Bicho – Transformação Ciclópica” que juntam várias “metamorfoses” para “questionar e inquietar”.
Desde o passado dia 13 de setembro que está aberta ao público, na Casa Museu Teixeira Lopes – Galerias Diogo de Macedo, em Vila Nova de Gaia, a exposição “Homem Bicho – Transformação Ciclópica”, da autoria de Agostinho Santos. Esta mostra, que estará patente até ao próximo dia 17 de novembro, apresenta mais de 60 obras de conceção recente, um processo insistente de trabalho que o autor define como ferramentas para questionar, inquietar e alertar.
Com curadoria do também artista plástico Albuquerque Mendes, a exposição “Homem Bicho – Transformação Ciclópica” é, no fundo, um conjunto de obras de pintura, desenho, escultura e objetos em papel, tela, cartão, ferro ou bronze, que exprimem aquilo que o autor define como “questionamento, que inquieta e que é inquietante”. “As obras, muitas delas construídas através da metamorfose, da junção entre o homem e o bicho, evidenciam muitas vezes a monstruosidade humana, que se confunde com o animalesco”, explica Agostinho Santos.
Já para Albuquerque Mendes, a mostra resulta do ato de “pegar no trabalho de Agostinho Santos e transformar esse vetor numa forma de dar sequência aos objetos e humaniza-los”. “Trata-se de uma humanização do bicho e do lixo para analisar a transformação do próprio Homem. Não se sabe onde começa a transformação do homem em bicho e vice-versa. Chama-nos a olhar para a transição das coisas, para o limbo da perceção, para o espaço e para o que vai para além da imaginação. O Homem Bicho desafia a pensar onde tudo começa”, refere o curador.