A nova direção da Casa do Povo da Ribeira Grande tomou posse a 20 de fevereiro, numa cerimónia realizada no edifício sede daquela instituição. Os novos órgãos sociais eleitos, irão gerir a instituição no quadriénio de 2020-2023.
Albano Garcia lidera novamente a direção da Casa do Povo como presidente da instituição, enquanto que Ildeberto Garcia continua como presidente da Assembleia Geral e, por fim, também Alexandre Gaudêncio segue como presidente do Conselho Fiscal.
Em declarações ao AUDIÊNCIA, Albano Garcia exprime que o “grande desejo desta direção empossada é proporcionar um mandato com trabalho, mantendo aquilo que está feito e ocupar todo o edifício da Casa do Povo com atividades para a população”.
O Presidente da Casa do Povo lembrou, na ocasião, que desde 1997 que o ISSA e a Segurança Social estão instalados naquele edifício e que, segundo diz, há cerca de dois anos que foi verbalmente prometido fazer-se a transferência destes serviços para outro espaço, de forma a ficar disponível para os planos da direção da instituição.
“Quando o edifício estiver desocupado, queremos fazer daquele espaço físico um lugar próprio da Casa do Povo com mais atividades”, explica. Uma “casa-albergue” e um “espaço para a juventude” começam a ser projetos mais sólidos.
A casa-albergue terá um dormitório com cinco camas, uma cozinha, uma sala para refeições e outra para convívio, e servirá para albergar temporariamente aqueles que necessitem. Albano Garcia chega a dizer que “infelizmente nós ainda temos uma sociedade muito débil e muito pobre e ainda há grandes discussões nalgumas famílias, e podemos ajudar estas pessoas que saem de casa sem saber para onde vão, podendo encontrar um refúgio ali”. Os técnicos que farão parte do projeto têm por objetivo “estudar o problema da pessoa em questão, que pode ser ultrapassado com ajuda”.
Questionado sobre o conhecimento de casos que necessitam de ajuda de gestão familiar, o presidente da Casa do Povo admite que na Ribeira Grande, “como em todos os concelhos”, existem “casos destes”, e é por não existir nenhum apoio à população que necessita, que o líder da instituição crê ser este um projeto “pioneiro nesta matéria porque sabemos que há pessoas isoladas, homens e mulheres que vivem em quartos alugados (e muitos deles comparticipados pelo ISSA), mas onde às vezes não há condições nenhumas”. Desta forma, seria possível “ajudá-los de forma diferente e levantar-lhes a cabeça, preparando-os para a sociedade”.
Face às despesas que este projeto poderá acarretar, esta iniciativa da Casa do Povo necessita de um “grupo de entidades, ou seja, o Governo Regional, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, claro que cada qual no seu lugar”.
O outro projeto da Casa do Povo diz respeito a um espaço para a juventude “com equipamentos de lazer como ‘snooker’, dominó, damas, entre outros, e também uma sala de leitura e uma sala de explicações”, elucida Albano Garcia, que acredita que a juventude ribeiragrandense precisa de alguma atenção.
Na ocasião da cerimónia de tomada de posse da nova direção, Albano Garcia propôs um voto de louvor aos membros dos órgãos cessantes, em especial ao antigo tesoureiro, António dos Santos, “pelos muitos anos dedicados à instituição”.
Neste momento a Casa do Povo da Ribeira Grande promove diversas atividades dedicadas às crianças, tais como a Romaria Quaresmal Infantil, as Cavalhadas Infantis, a Feira dos Sorrisos, a festa do Espírito Santo, entre outros, a par de cursos dirigidos aos adultos e idosos como corte e costura ou pintura.