A loja Arco Íris comemorou 35 anos de existência. Com um passado repleto de história e um futuro que se perspetiva risonho, o aniversário desta que é a mais antiga retrosaria da Ribeira Grande contou com a presença de Alexandre Gaudêncio, presidente do concelho ribeiragrandense, Cátia Sousa, vereadora municipal, e Bruno Belo, diretor regional do Empreendedorismo e Competitividade, entre inúmeros clientes e representantes de entidades civis.
Situada no Nº102 da Rua Nossa Senhora da Conceição, na Ribeira Grande, a loja Arco Íris, que é a mais antiga retrosaria do concelho, abriu as portas, pela primeira vez, a 28 de março de 1988, tornando-se, ao longo dos anos, um estabelecimento de referência neste território. Inicialmente, este espaço foi propriedade de Mariano Jacinto Pacheco, um homem que, na década de 20, iniciou a loja como uma delegação dos grandes Armazéns do Chiado, mas passou, mais tarde, para o padre Edmundo Pacheco, que o acabaria por ceder à afilhada, Filomena Cunha, atual dona, a par do seu marido, José Cunha.
Assim, quando Filomena e José Cunha assumiram a liderança desta loja, fizeram obras de remodelação e introduziram, também, o artesanato, até porque não havia, na altura, nada assim em toda a cidade. “Nós temos uma grande variedade de artigos, desde relacionados com a costura, como rendas, linhas, tecidos variados, aplicações, lãs, botões, fechos, entre tantas outras coisas, para adulto ou criança”, explicou a proprietária, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, assegurando que, mais de três décadas depois, “mantemo-nos na linha da frente, na qualidade dos tecidos e materiais para a confeção de roupa”.
Dada a sua relevância para o concelho e para a região, a comemoração do 25º aniversário da Arco Íris contou com a presença de Alexandre Gaudêncio, presidente do concelho ribeiragrandense, Cátia Sousa, vereadora municipal, e Bruno Belo, diretor regional do Empreendedorismo e Competitividade, entre inúmeros clientes e representantes de entidades civis.
Na ocasião, a vereadora da Câmara Municipal da Ribeira Grande, fez questão de enaltecer, a este órgão de comunicação, que “é uma grande honra ver estes negócios, que já perduram no tempo, assim como fazer parte desta comemoração, desejando que permaneçam no mercado, sempre prósperos e com vida”.
Assumindo a sua vontade de que a loja Arco Íris seja um exemplo, Cátia Sousa reforçou que “estes negócios, numa era em que tudo se compra online, são muito importantes, de forma a preservar, também, a continuidade de certas coisas que eram feitas no passado”.
Também presente na celebração, o diretor regional do Empreendedorismo e Competitividade, ressaltou, em exclusivo ao AUDIÊNCIA, que estas lojas devem ser valorizadas, pela positiva, “porque fazem parte da história e de um aproveitamento do negócio. Lojas como esta, com artesanato, retrosaria e diferentes produtos que, de certa forma, dão resposta a outras necessidades, têm de ser incentivadas e desenvolvidas, na lógica de uma economia circular. Portanto, temos de tentar aproveitar ao máximo, aqueles que são os nossos recursos, numa valorização dos produtos e das atividades”.
Por conseguinte, Bruno Belo asseverou que “cabe-me, também, fazer a minha parte, procurar estar próximo das empresas e perceber as dificuldades e os anseios, para dar as respostas que são necessárias, porque, ao fim e ao cabo, vão ao encontro daquilo que é o interesse comum, que é criar riqueza para a região”.
Orgulhosa e emocionada, Filomena Cunha admitiu que este aniversário “foi muito especial, porque foram 35 anos de muito trabalho, apesar das crises que passamos”. Referindo ter-se sentido honrada com as visitas que recebeu, a proprietária deste estabelecimento confessou que “senti que as pessoas sabem reconhecer o nosso trabalho, empenho e dedicação e, por isso, quiseram estar presentes. Eu acho muito importante quando somos reconhecidos, só com um pequeno gesto, pois, para mim, vale muito”.
Com clientes habituais, oriundos de toda a Ilha de São Miguel, há mais de três décadas, a Arco Íris também é conhecida pelo seu bem receber e amabilidade. “Foi com um sorriso e pensamento positivo, que ultrapassamos os obstáculos que foram surgindo. Eu sou sempre meiga com as pessoas e com os clientes, mas não basta só a alegria, mas ser leal e amiga, pois isso é muito importante, porque eles sabem que quando precisam, nós estamos cá”, afiançou Filomena Cunha, recordando os altos e baixos superados com muito trabalho árduo e “com a porta sempre aberta, incluindo à hora de almoço, sempre prontos para recebermos os nossos clientes”.
Com o aumento do turismo, na Ribeira Grande, a proprietária da loja Arco Íris também oferece, a par do artesanato, uma enorme variedade de artigos como canecas, copos, dedais, tabuleiros, toalhas, peluches, chapéus ou t-shirts dos Açores, “para quem está aqui de visita à Ribeira Grande e à Ilha de São Miguel e quer levar uma recordação”.
A pensar no futuro, Filomena Cunha sublinhou que “anseio que se avizinhem melhores dias, porque estamos sempre com a esperança de que o verão chegue e o turismo volte ao normal, porque é muito importante, aqui, para a nossa ilha”.