CASA DO POVO DA MAIA: 44 ANOS DE TRABALHO EM PROL DA COMUNIDADE

Com mais de 44 anos de existência e 235 sócios, a Casa do Povo da Maia é uma referência na localidade, por colaborar para o bem-estar da comunidade maiense e ajudar aqueles que mais precisam. Conjugando atividades e serviços, numa perspetiva transversal e intergeracional, esta IPSS trabalha, diariamente, em prol do desenvolvimento e da promoção da qualidade de vida da população.

 

 

 

A Casa do Povo da Maia foi fundada a 2 de dezembro de 1977, por concidadãos da freguesia. Sendo uma IPSS que trabalha em prol da comunidade onde está inserida, esta instituição, para além de se ter tornado um organismo de cooperação social, dotado de personalidade jurídica, também desempenhou um papel importante no desenvolvimento de inúmeras modalidades desportivas, como o futebol, voleibol, ténis de mesa, andebol e atletismo, alcançando títulos de relevo, no contexto regional e nacional, em algumas destas modalidades.

Assumindo, desde a sua génese, a função de realizar a previdência social de todos os residentes da Freguesia da Maia, esta instituição tem vindo a crescer, ao longo dos anos, em resposta às necessidades de quem mais precisa, adaptando-se e oferecendo novos serviços especializados, com o apoio de forças vivas locais, instituições governamentais e não-governamentais, emigrantes, voluntários e um número significativo de funcionários.

Atualmente, a Casa do Povo da Maia integra um vasto conjunto de valências, que apoiam desde as crianças, aos mais idosos, como Creche, com capacidade para 36 crianças, Centro de Dia, Centro de Convívio de Idosos, Posto de Turismo, Biblioteca Infantojuvenil, Centro de Informática e Multimédia, CATL de São Brás, com lotação de 25 utentes, ATL da Lomba de São Pedro, com espaço para 25 crianças, Banco Alimentar, Grupo de Cantares e Ludoteca. O projeto CALÇOS é outra atividade e pretende lutar contra a pobreza e promover a coesão social, mediante uma estratégia local de intervenção intersectorial e empreendedorismo inclusivo.

São muitas as ações propostas pelos diferentes serviços, como por exemplo, consultas de psicologia e saúde oral, apoio jurídico, formação profissional, concursos, celebração de datas festivas, reconstituição histórica de factos relevantes da história da Maia, desfiles, homenagens, transporte escolar e uma exposição permanente do Nobel da Medicina e descendente da Maia Craig Mello.

Segundo afirmou a Direção desta IPSS, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, “estas valências fazem toda a diferença na comunidade, sendo acarinhadas e reconhecidas quer pelos utentes e as suas famílias, quer pelos parceiros. Os nossos serviços, pela sua qualidade e reconhecimento, dentro e fora da freguesia, são de grande benefício não só para a Maia e a sua população, como também para as nossas comunidades emigrantes e as freguesias vizinhas, com quem colaboramos”.

Por conseguinte, Casa do Povo da Maia tem, cada vez mais, um papel fundamental e ativo da comunidade maiense e ribeiragrandense. De acordo com os dirigentes, “para além dos 235 sócios inscritos, esta instituição tem uma abrangência social e geográfica muito maior, digna de registo e de orgulho, na Freguesia da Maia. Na nossa nova sede encontram-se outros serviços de grande relevância para o território, nomeadamente a Segurança Social”.

Enaltecendo as mais-valias desta instituição, que visa a promoção da qualidade de vida da população, a Direção sublinhou, ainda, que “a Casa do Povo da Maia prima pela inovação das propostas de atividades que oferece, seguindo a linha de raciocínio das idiossincrasias da própria freguesia que, ao ser a única da Região Autónoma dos Açores fundada por uma mulher, integra a fábrica de chá mais antiga da Europa. Também, conta com o privilégio de ter um descente, Craig Mello, que é Nobel da Medicina e de ser a única freguesia com uma Igreja do Divino Espírito Santo, uma Confraria da Carne Guisada e as célebres Noites do Pão Quente. A Maia foi a primeira freguesia dos Açores a estabelecer, formalmente, laços culturais e de amizade com as Terras da Maia, de Portugal continental, de onde veio a sua fundadora, Inês da Maia. A tradição secular das Pantas carnavalescas, a gastronomia própria e as atividades económicas, que são únicas nos Açores, nomeadamente o chá e o tabaco, etc., são elementos identitários desta localidade, que nos levaram a estabelecer protocolos com inúmeras instituições e a criar um plano estratégico inédito de Literacia Turístico-cultural da Maia, que tem sido responsável pela integração desta freguesia nos roteiros turísticos a nível regional, nacional e até internacional, com um forte impacto nas dinâmicas sociais da população, dos seus emigrantes e visitantes. No decorrer da pandemia, muitos destes eventos foram celebrados com sucesso, com recurso às plataformas digitais, estratégia que alargou, ainda mais, o âmbito da nossa presença nas redes sociais, levando a nossa mensagem e programação cultural muito para além da nossa geografia”.