O afamado Corso Carnavalesco, promovido pela Casa do Povo do Pico da Pedra, em parceria com a Junta desta localidade e a Câmara Municipal da Ribeira Grande, percorreu, no passado dia 19 de fevereiro, as ruas da localidade. O certame, que já se realiza desde 1979, voltou a reunir várias instituições em torno de um desfile ecológico, repleto de sátira social e boa disposição, que atraiu milhares de pessoas.
A Casa do Povo do Pico da Pedra promoveu, em parceria com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal da Ribeira Grande, o tradicional Corso Carnavalesco, que se realiza desde 1979 e é considerado um marco no Carnaval micaelense, trazendo à localidade milhares de pessoas, oriundas de todos os concelhos da ilha.
Neste âmbito, várias instituições locais uniram esforços, para apresentar um desfile ecológico, repleto de sátira social e boa disposição. “Este evento já vai na sua 42ª edição, mas só é possível realizá-lo, anualmente, graças às coletividades que existem na freguesia, nomeadamente a Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Pico da Pedra, o Agrupamento 1144 do Corpo Nacional de Escutas e o Vitória Clube do Pico da Pedra, não esquecendo as pessoas individuais”, ressaltou José Maia Jorge, presidente da Casa do Povo do Pico da Pedra, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, evidenciando que “contou com a participação de 14 grupos, sendo cinco deles em trelas de camiões, compostos, no total, por cerca de 310 pessoas”.
O cortejo saiu da Rua da Giesta, percorrendo a Rua 1º Barão da Fonte Bela, o Largo do Trabalhador, a Avenida da Paz, a Rua da Raiz Comovida, o Largo de São José e a Rua da Aliança, regressando pela Avenida da Paz, ao Largo do Trabalhador, onde decorreu a entrega dos troféus aos participantes.
Assim, a arte, a cor e a alegria voltaram a invadir as ruas do Pico da Pedra, durante um desfile, que teve uma forte preocupação ambiental. “O corso tem sempre uma temática ecológica e alguns carros evocaram a necessidade da proteção do nosso lar. O divertimento também não faltou com o samba, a música e a arte. Como é habitual, a sátira política manteve-se presente e abordou, nomeadamente, a avalanche da subida dos preços”, asseverou o dirigente associativo.
Garantindo que a excelente localização do Pico da Pedra “facilita a deslocação das pessoas à localidade”, José Maria Jorge admitiu ter receado uma fraca adesão, depois de dois anos de interregno, impostos pela pandemia da Covid-19, porém assegurou que “esta edição foi maravilhosa, pois superou todas as expectativas e agradou toda a gente”.
Na ocasião, o presidente da Casa do Povo do Pico da Pedra também fez questão de enfatizar que esta iniciativa, “em si, para a instituição, é uma mais-valia, porque para além de projetar o nome da freguesia, contribui para a sua valorização e para a sua divulgação, sendo, igualmente, motivo de aproximação entre as várias instituições sediadas na localidade, porque durante dois ou três meses trabalham em conjunto, para que o Corso Carnavalesco possa ter a dignidade, a alegria e a arte que se espera, portanto é um motivo de convívio e de intercâmbio entre as várias coletividades”.
A pensar na próxima edição, o dirigente associativo manifestou a ânsia de continuar a honrar este evento e de assistir à alegria que proporciona, enquanto leva além-fronteiras o nome do Pico da Pedra.