DOCUMENTO É UMA “VISÃO DO FUTURO PARA A PRÓXIMA DÉCADA”

A Câmara Municipal da Ribeira Grande organizou, a 4 de novembro, uma sessão pública para recolha de contributos para a elaboração do Plano Estratégico Ribeira Grande 2020-2030. Alexandre Gaudêncio considera este como uma “ferramenta muito útil” para o concelho.

 

 

O Plano Estratégico Ribeira Grande 2020-2030 é considerado um documento orientador daquela que deve ser a estratégia da autarquia para o desenvolvimento do concelho.

Para o presidente da Câmara Municipal, que presidiu à sessão no Teatro Ribeiragrandense na qual participaram cerca de 50 pessoas, afirma que este Plano Estratégico é uma “ferramenta muito útil e uma visão do futuro para a próxima década”, para que assim seja traçada “uma estratégia territorial e operacional, tendo em vista a melhoria das condições socioeconómicas, ambientais e urbanísticas, que contribuam para a contínua afirmação do concelho”.

Rua Farias, da Sociedade Portuguesa da Inovação (empresa de consultoria que está a desenvolver o documento), frisou que neste momento inicial de auscultação é necessária a participação de “vários atores”, de forma a “enriquecer os trabalhos com a participação pública”. Por este motivo, todos os munícipes que não tiveram a oportunidade de participar na sessão podem submeter os seus contributos, acedendo ao site da Câmara Municipal da Ribeira Grande, até ao final de novembro.

Das intervenções feitas na sessão, destaca-se a de Ricardo Silva, antigo presidente da autarquia e atual presidente do Conselho de Administração da IROA (Instituto Regional de Ordenamento Agrário) e a de Fernando Sousa, antigo vereador da Câmara Municipal pelo PS neste mandato.

“É preciso ter uma ideia do que já temos e é preciso consolidar algumas coisas que precisam ser mais bem tratadas, como é o caso do Parque Industrial”, referiu Ricardo Silva. Segundo o mesmo, na elaboração deste Plano é necessário responder à questão “o que é que os ribeiragrandenses ainda não têm?”.

Já para Fernando Sousa, a desertificação das freguesias rurais (e também mais afastadas do centro da cidade) é um problema que necessita de incentivos para ser resolvido. Por isso mesmo, afirma, é necessário criar atração nas zonas mais rurais do concelho, através de um “plano que incentive as pessoas a reabilitar as habitações existentes”.

Outras das contribuições dos presentes passam pelo incentivo ao empreendedorismo e à agricultura, alertar as populações para questões como o ambiente e ecologia, vincar áreas como a inovação e saúde, dar centralização à cidade e ter especial atenção à escolarização da população através de uma melhoria dos meios de escolarização.