Érika Martyns, natural de Viseu e vocalista do projeto ARY, iniciou a sua carreira a solo com o single “Can’t stop, won’t stop”, um tema que vai de encontro ao momento que vivemos atualmente e que a própria artista descreve como uma música para dar energia e transmitir positividade. Em entrevista ao Jornal Audiência, Érika ainda contou um pouco do seu percurso até aos dias de hoje e deixou um conselho aos jovens que querem seguir por esta área. O primeiro single da artista já está disponível em todas as plataformas digitais.
Como é que começou a tua relação com a música?
A paixão pela música surgiu bastante cedo. O meu pai sempre foi uma pessoa muito musical e passou-me esse gosto com muita facilidade.
Como é que a tua família viu esta tua escolha pela profissão de artista?
Apoiaram-me desde sempre. Eu nunca tive problemas em mostrar aquilo que queria e desde que fosse algo que me fizesse feliz, estava tudo bem.
Quais os projetos musicais em que já estiveste envolvida?
Iniciei em 2011 com um projeto chamado “In the cisus”, que era um projeto de covers. Mais tarde em 2013 tive o projeto “The 7Riots” e em 2016 os “ARY”.
Em que momento decidiste ter uma carreira a solo e porquê?
Lançar-me a solo sempre foi um projeto que fui adiando ao longo do tempo por não sentir necessidade de o fazer, mas quando percebi que a pandemia veio estagnar por tempo ilimitado o outro projeto que tinha, percebi que não podia ficar parada e que era a altura certa para o fazer.
Se não fosse a atual situação (Covid-19), terias feito algo diferente?
Se isto do vírus nunca tivesse acontecido, a minha carreira a solo também não tinha. Os ARY já estavam a preparar outra tour para o final do ano de 2020, por isso, neste momento, provavelmente estaria em alguma zona do mundo a tocar.
Fala-nos um pouco no teu primeiro single “Can’t stop, won’t stop”, que surgiu numa altura tão complicada para o panorama musical mundial, devido à proliferação da pandemia da Covid-19.
Estamos a viver tempos atípicos e, de certa forma, estamos todos a tentar encontrar a melhor forma de lidar com isto. Uma das formas que eu encontrei, é ouvir música que me deixe num bom mood, que me dê energia e me transmita positividade. Então decidi escrever uma música que pudesse transmitir esse mesmo sentimento aos outros.
Quais os projetos que tens para 2021?
Neste momento estou a escrever mais músicas, quero colocá-las cá fora e ir conforme o barco for andando. Estamos a passar por um momento de bastantes incertezas, seja no meu setor, como em muitos outros, e apesar de ser essencial ter objetivos, que neste momento são o que me motivam a fazer cada vez mais, também tenho noção que não se avizinham tempos fáceis.
Se tivesses de dar alguns conselhos a jovens músicos que têm medo de enveredar por esta profissão, num país onde não é fácil vingar na área, o que dirias?
É perfeitamente natural ter esse medo, mas nunca te limites nem te deixes limitar. É bom sonhar, mas mais importante do que isso é sonhar e ir à luta. Eu nunca desisti porque, acima de tudo, acredito em mim e isso serve para que nada nem ninguém me consiga mover daquilo que quero. Portanto, o conselho que dou é esse. Primeiro é preciso acreditarmos em nós, acreditar que somos capazes e naquilo que queremos. Isso dá-nos a força para ouvir “nãos”, para ver portas a fecharem-se e, contudo, continuarmos na luta. Não é um caminho fácil, mas certamente não é impossível.
Se não fosses cantora, que outra profissão te imaginas a ter e porquê?
Eu tenho o curso de artes e multimédia, por isso, provavelmente, estaria a trabalhar em design, fotografia e vídeo. São áreas em que trabalho atualmente, mas para mim.