BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA RIBEIRA GRANDE CONTINUAM COM O PROPÓSITO DE SERVIR A POPULAÇÃO

Numa altura em que o mundo atravessa a terceira vaga da pandemia da Covid-19, que está a provocar mudanças profundas na sociedade em que vivemos, José Nuno Melo Moniz, comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, falou, em entrevista ao AUDIÊNCIA, sobre o plano de contingência e as regras de segurança que foram implementadas com o intuito de salvaguardar a corporação, que apenas contou com dois casos individualizados de bombeiros contaminados, em contexto familiar. Referindo que o futuro será risonho, o comandante ressalta que é importante a população tornar-se associada dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, porque “a Associação somos todos nós”.

 

 

 

Senhor comandante, como tem sido conviver com esta situação pandémica?

Portanto, foi uma situação que nos apanhou a todos de surpresa. Basta lembrar que, há precisamente um ano atrás, em fevereiro do ano passado, nós ainda fizemos, aqui, a nossa festa à padroeira, a Nossa Senhora da Estrela, onde, inclusivamente, a missa das cinco da manhã, tão tradicional e que diz muito, aqui, ao nosso povo ainda foi feita, aqui, no nosso quartel, ou seja, há um ano atrás já se falava da Covid-19, mas ninguém estava à espera que isto, depois, viesse condicionar a nossa vida, da forma como veio. Posso dizer-lhe que, todos os nossos bombeiros, que lidam com estas situações da Covid-19, têm uma formação específica para estas situações e para outras que tenham a ver com incidentes biológicos, portanto têm formação específica, porque nós, claramente, tivemos de nos adaptar. Há um ano atrás, ainda não tínhamos o conhecimento que atualmente temos sobre o vírus, sobre as suas formas de propagação e sobre aquilo que são os cuidados que nós temos que ter e nós temos vindo, ao longo destes tempos, a adaptar-nos a uma nova forma, ao fim e ao cabo, de viver. Portanto, houve um período em que estivemos, praticamente, fechados à comunidade, durante o qual todos os serviços que pudessem ser feitos sem um contacto direto com os bombeiros, eram realizados, preferencialmente, por telefone ou através dos meios normais que estão em vigor e nós tivemos de implementar o nosso plano de contingência interno, que foi aprovado em março do ano passado pela Direção e pelo comando dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande. Também houve uma altura em que, durante cerca de dois ou três meses, estivemos a trabalhar em espelho, sendo que uma equipa estava durante 15 dias ao serviço, enquanto a outra estava em casa e isto para quê? Para podermos precaver alguma situação na qual alguns dos nossos elementos ficassem infetados e, por via disso, tivéssemos de mandar os colegas de trabalho para quarentena, ou para confinamento e essa foi uma situação em que nós tivemos de nos adaptar, em termos de horário e em termos de fornecimento de refeições e, entretanto, as coisas foram evoluindo, inclusivamente, nós, nessa altura, dispensamos o trabalho dos nossos voluntários. Apesar de termos um grupo de profissionais, e todas as associações da região já têm, porque já lá vai o tempo em que se vivia exclusivamente do voluntariado, os nossos voluntários foram dispensados dos seus serviços, como forma de, sendo nós um grupo de risco, protegermos, de alguma forma de contaminação, os nossos voluntários, ou, então, ao contrário, evitar que fossem eles a trazer algum problema, aqui, para a nossa casa. Durante a primeira vaga e até ao final de junho, mais ou menos, numa altura em que, entretanto, as coisas estabilizaram, nós não tivemos qualquer bombeiro, ou qualquer elemento da nossa corporação que tenha testado positivo. Nós estivemos, muitas vezes, em isolamento e em quarentena, a aguardar os resultados das análises, que estavam a decorrer, mas, felizmente, nessa altura, não isso não lhes aconteceu. Já na segunda vaga, tivemos, entretanto, dois bombeiros que testaram positivo, não em contexto de trabalho, mas em contexto familiar e isso obrigou-nos, portanto, a que os contactos de risco, também, tivessem de ir para isolamento. Para ter uma ideia, da última vez que isso nos aconteceu, nós tivemos de mandar nove trabalhadores para casa, para cumprirem o isolamento, de acordo com as indicações do delegado de saúde e da Direção Regional de Saúde e é claro que, o nosso trabalho, aqui, não pode parar. Portanto, foram apenas dois casos individualizados, não chegaram a propagar-se dentro da corporação, porque, por acaso, a contaminação aconteceu em contexto familiar, não em contexto de trabalho, porque há aqui duas situações muito distintas, uma é quando nós saímos para uma situação normal e uma abordagem à vítima, com uma série de outros requisitos que tivemos que adaptar, nesta fase da COVID-19 e situações que nós chamamos de protocoladas, em que nós, à partida, já sabemos que se trata de um caso positivo, com quem nós vamos lidar, ou de um contacto de alto risco. Posso dizer-lhe que, a nossa primeira situação de trabalho, com contactos de risco, aconteceu no dia 12 de março de 2020 e até ao dia 21 de dezembro, já tínhamos, entretanto, lidado com 371 novos casos de contactos, com os EPI, que nunca nos faltaram durante este tempo todo, devidamente equipados, porque cumprindo todas as regras de segurança, nós conseguimos manter os nossos operacionais livres desta situação e, portanto, continuamos, aqui, com o propósito de servir a nossa população. Sabendo que ser bombeiro acarreta responsabilidades acrescidas, nós temos de pensar em nós, temos de pensar nos nossos colegas, temos de pensar nos nossos familiares e temos de pensar nos doentes que vamos transportar, porque na segunda fase as fisioterapias, os tratamentos e as consultas não pararam. Em 2020, houve ali uma fase, na qual praticamente tudo o que era transporte doentes não urgentes parou, à exceção dos tratamentos da hemodiálise, que não podiam parar, portanto os nossos serviços pararam na totalidade, ou seja, pararam as consultas, as fisioterapias e os tratamentos, só ficou mesmo o socorro. Nesta segunda fase, todo esse trabalho continuou e, claro que, nós, enquanto bombeiros e responsáveis, temos de pensar não só em nós, eu não posso pensar só em mim bombeiro, mas naquilo que poderá ser uma consequência de uma falta de cuidado da nossa parte.

 

Referiu há pouco que os Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande tiveram de transportar 371 contactos de alto risco ou contaminados. Notou, entre estas, alguma situação relevante que o tenha marcado mais pelo aspeto social, pela falta de conhecimento ou pela aflição das pessoas?

Eu já estou aqui no comando vai a caminho de oito anos e, se calhar, esta fase foi aquela em que tive de reunir mais vezes e estar ao lado dos nossos bombeiros, porque eles, numa primeira fase, também sentiam algum receio, por desconhecimento, porque viam a doença com uma visão diferente daquela que têm agora. Portanto, eles já estão convencidos de que se cumprirem as regras de segurança, nada lhes pode acontecer e, mesmo no princípio, isto era desconhecido. Como tal, tivemos de trabalhar muito, aqui, a parte psicológica, para que eles pudessem ter alguma estabilidade, em termos psicológicos, para poderem desenvolver o seu o seu trabalho, convenientemente, mas, não foram raras as vezes, em que eu estava em casa e me ligavam porque, entretanto, o senhor que tinham transportado tinha testado positivo e questionavam-me sobre o que se ia suceder e nós temos de mostrar que estamos ao lado deles e que estamos, aqui, para os poder apoiar. De resto, os bombeiros todos os dias quando chegavam de um serviço tinham de cumprir as regras de segurança, tinham de descontaminar as ambulâncias e os equipamentos, tinham de tomar banho e, muitas vezes, mal acabavam o serviço já tinham de sair para outro. Foi uma fase assim um bocadinho complicada, mas, agora, graças a Deus, as coisas estão estabilizadas. Entretanto, nós, também, conseguimos, nesta fase mais aguda da pandemia, reforçar as equipas de socorro. Basta lembrar que o concelho da Ribeira Grande foi, durante muito tempo, o concelho com mais infeções dos Açores e, estando em contacto com o Serviço Regional, foi pedida mais uma equipa de socorro, porque fazer um serviço com Covid-19, não é a mesma coisa do que fazer um serviço normal, em termos de tempo, porque nós temos várias etapas a concluir, desde ter de esperar, às vezes, no hospital com o doente na ambulância, até nos darem autorização para fazer a sua entrega e tudo isto traz um serviço que, de forma normal, seria feito em 45 minutos e, de repente, estamos a falar de uma 1h30 a 2 horas e nós tivemos de pedir o reforço que, neste momento, se mantém. Portanto, nós temos quatro equipas prontas, para sair para o socorro, neste momento, aqui, nos Bombeiros da Ribeira Grande, quando normalmente tínhamos três.

 

Como afirmou, no início os bombeiros tinham algum receio da pandemia da covid-19, dos casos positivos e de realizarem o transporte de doentes. Sentiu que a população também começou a recear pedir socorro e ser levada nas ambulâncias?

Sentimos e nós temos essas estatísticas. Houve uma altura, em que as próprias pessoas, independentemente, de serem transportadas pelos bombeiros, ou não, de alguma forma, se abstiveram de ir aos centros de saúde e aos hospitais, para serem tratadas e isso foi notório na época de maior desconhecimento da doença, durante a qual as pessoas preferiam estar em casa, embora necessitassem de tratamento, para evitarem esse tipo de contacto. Isso foi notório e as estatísticas dizem-nos que, a partir de determinada altura, os pedidos de socorro extra-Covid-19 baixaram drasticamente e, se calhar, foi isso que fez com que, tendo nós quatro equipas para o socorro normal, Covid-19 ou não, tenhamos tido a possibilidade de fazer todos os tratamentos Covid-19, porque houve um decréscimo do serviço nas situações não-Covid-19. Também houve uma altura em que, as pessoas estiveram confinadas, o número de acidentes também diminuiu e todas aquelas situações para as quais nós vínhamos, de forma recorrente, a ser solicitados, como por exemplo, para a busca de desaparecidos e outras situações, também diminuíram. Basta referir, também, que, portanto, nós temos aqui uma atividade, para além do socorro em si, que é uma atividade comercial muito grande, cujo objetivo, no fundo, é a arranjar fundos, para aplicar na parte do socorro. Eu estou a falar, por exemplo, dos autocarros que estão parados há quase um ano, pois saíram apenas duas ou três vezes depois disso, dos transportes de água, que tiveram um decréscimo significativo, da limpeza de fossas e de uma série de atividades, que foram bastante reduzidas e que, de alguma forma, também, acabaram por se repercutir naquilo que são os rendimentos da Associação.

 

Considerando o protocolo de segurança, que é rigorosamente cumprido e o facto de não ter surgido mais nenhum caso positivo, para além dos dois casos de contaminados na corporação, acredita que, seguramente, os ribeiragrandenses podem continuar a usar e a solicitar a presença dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande para a prestação de serviços?

Os ribeiragrandenses podem continuar a solicitar os nossos serviços, porque o nosso próprio plano de contingência interno obriga-nos a que, entre cada serviço, nós tenhamos de fazer a descontaminação total dos equipamentos e das ambulâncias, de aguardar o período, que está estipulado, para a atuação desses produtos e portanto, as pessoas não correm, neste momento, qualquer risco, aliás nunca correram o risco de, evidentemente, virem a ser contaminados nas ambulâncias, pois isso só aconteceria por falta de descontaminação das próprios, ou porque o bombeiros lhes poderia transmitir o novo coronavírus. Existiu, aqui, algum risco, digamos assim, no transporte de doentes não urgentes, que continuou, nesta fase, e, portanto, há uma norma da Direção Regional de Saúde, que não permite que nenhuma ambulância de transporte leve mais de três doentes, precisamente, para nós podermos manter o tal distanciamento entre cada um deles. Acontece que, numa altura em que nós podíamos levar seis, sete ou oito doentes antes da pandemia, agora só podemos transportar três, mas com um certo risco de, num ambiente fechado, como é o de uma viatura, de haver esse risco de transmissão entre as pessoas, que vão fazer o mesmo tipo de tratamentos e, inclusivamente, nós tivemos, aqui, algumas situações, designadamente, com doentes que faziam hemodiálise e que, entretanto, testaram positivo, sendo que as outras pessoas que eram transportadas na mesma viatura, passaram a ser contactos de risco e, a partir dessa altura, passaram ser transportadas em viaturas diferentes. Só para ter uma ideia, para um serviço que nós fazíamos com um motorista, no qual iam três pessoas, tivemos de colocar três carros na rua, porque uma dessas pessoas estava positiva e tinha de ir isolada. Entretanto, o contacto de alto risco dessa pessoa tinha de ir noutra viatura, também, isolado e o negativo tinha de ir numa outra viatura, porque não podia estar em contacto, nem o caso positivo, nem com o contacto de alto risco e nós tivemos de fazer essas adaptações, que nem sempre foram fáceis, mas foram conseguidas com sucesso.

 

Nos momentos difíceis, os bombeiros são, realmente, uma das primeiras portas à qual a população vai bater. A seu ver, isso tem motivado, dada até a baixa receita que a corporação está a ter, exatamente, pela inatividade das outras atividades, a população a aproximar-se da instituição, a tornar-se associada ou a colaborar com a mesma?

Durante a primeira fase da pandemia e na altura em que estivemos aqui a trabalhar em espelho, durante a qual muitos dos bombeiros passaram, mesmo, aqui 15 dias sem irem a casa e a partir do momento em que as pessoas se aperceberam dessa situação, foram muitos os donativos ao nível de refeições, digamos assim, nomeadamente almoços e jantares, que vieram aqui oferecer ao pessoal, que estava de serviço durante todo aquele período. Relativamente ao decréscimo de receitas, por via, também, aqui, da situação da Covid-19, portanto há um apoio que, neste momento, está a ser falado por parte do Governo Regional, mas que ainda não chegou às associações, porém, neste momento, está a ser trabalhado ao nível da Assembleia Regional, como forma de suprimir esta falta de receitas. De resto, a nossa Associação, digamos que fruto do trabalho desenvolvido nos últimos anos, tem uma situação financeira estável, que nos permitiu, nesta fase, não viver com grandes sobressaltos, digamos assim, porque graças a Deus, nós não temos, nem tínhamos dívidas e fomos podendo aguentar as coisas, porque, também, houve uma norma, um pedido por parte das autoridades, para que os nossos devedores, pois basicamente os maiores são o hospital e a Unidade de Saúde, referentes aos transportes de doentes não urgentes e urgentes, fizessem os pagamentos de uma forma mais atempada. Posso dizer-lhe que aconteceram, aqui, situações, antes da pandemia, em que esse atraso chegava aos seis meses e, portanto, houve uma sensibilização, na altura, por parte da Secretaria Regional de Saúde, para que esses pagamentos fossem antecipados e foi isso que nos permitiu, de alguma forma, equilibrar as contas com essa faturação, que já havia sido feita, mas que estava por receber, digamos assim, e foi isso que nos permitiu ter uma tesouraria sã, ao ponto de pagarmos os nossos ordenados a tempo e horas, não termos de mandar ninguém para casa, independentemente do serviço ter parado e termos continuado com o socorro às populações.

 

O que é que as pessoas precisam de fazer para se tornarem associadas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande?

Basta preencherem uma ficha muito simples. O facto de serem sócios e de apoiarem a sua Associação, porque, no fundo, a Associação somos todos nós e, mais tarde ou mais cedo, todos nós vamos necessitar dela, seja lá de que maneira for, com um contributo mínimo anual de 15 euros, portanto, não é nada por aí além, e, ao mesmo tempo, usufruem de uma série de regalias, designadamente, de descontos na lavagem de viaturas, no enchimento de piscinas, no serviço de fossas, no transporte de doentes em ambulância e na própria utilização das piscinas, aqui, dos bombeiros. O facto de eu contribuir e tornar-me associado, também, tem algumas vantagens, que eu poderei vir a usar no futuro, digamos assim. Façam-se sócios, muitos, pois nunca seremos demasiados e é uma forma, também, de apoiarmos uma Associação, que já vai comportar no dia 15 de abril, 146 anos, ao serviço da Ribeira Grande, da Ilha de São Miguel, dos Açores e até quase do mundo, porque nós temos participado, em outras situações, fora do país, aliás eu lembro-me de termos ido para a Turquia, aquando do sismo e é uma forma, também, de nos sentirmos acarinhados e temos de reconhecer o apoio que nos tem sido dado pelas entidades, que connosco lidam mais diretamente e eu estou a falar da Câmara Municipal da Ribeira Grande, que tem sido um apoio inestimável, muito próximo, também ao nível de equipamentos e de tudo o que precisamos e também não nos podemos esquecer do Serviço Regional de Proteção Civil e da Secretaria Regional da Saúde, que nos têm apoiado, para além de tudo o que são as empresas, aqui, do concelho, de Casas do Povo, de Juntas de Freguesia, por isso só temos a agradecer o apoio que temos recebido até agora e que nos tem permitido manter uma casa, com este tamanho, de portas abertas, de cara levantada e, como lhe disse, em termos financeiros, estável.

 

Para concluir, qual é a mensagem que quer deixar à população e à sua própria corporação?

À população, eu queria dizer o seguinte, eu penso que estamos no bom caminho. Houve alturas em que olhar para o futuro, se calhar, não me deixava tão tranquilo, como eu estou, mas, o facto de estarmos a baixar os números, não quer dizer que podemos, de alguma forma, descurar ou descansar. Nós vamos continuar a ter o mesmo comportamento que tivemos durante estes últimos meses. Nós vamos continuar a cumprir as normas da Direção Regional de Saúde, relativamente ao uso da máscara, ao distanciamento, ao não ter comportamentos de risco e a todas essas situações que eu acho que têm acontecido nos últimos tempos e que nos permitem, nesta altura, ver o futuro começando mais risonho. Relativamente à questão da vacinação, os bombeiros, embora estejam na linha da frente, ainda não foram vacinados, mas irão ser, com certeza. Nós estamos tranquilos nesse aspeto e compreendemos que as pessoas que morreram até agora foram as mais idosas ou, então, com outras patologias associadas e, na nossa opinião, são essas as pessoas que, neste momento, são as prioritárias, pelo que quando chegar a nossa vez, havemos de ser vacinados e as outras pessoas, também, terão o seu tempo, então, vamos aguardar de forma tranquila. Aqui, para os Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, eu quero agradecer o seu empenho, a sua dedicação e o seu profissionalismo, porque é preciso não esquecer que nós somos, cada vez, mais profissionais, pois existe um rácio entre profissionais e voluntários que tem vindo a aumentar, cada vez mais, no sentido de mais salariados e voluntários, como forma de nós termos uma resposta imediata, quando isso é necessário e de termos uma saída rápida e imediata, de qualidade, com muita formação, que nós temos nesta altura, mas nunca descurando o apoio dos nossos voluntários, para situações de exceção. Basta referir que, o pessoal que nós temos aqui e nós temos grupos diários de cerca de 20 pessoas, que estão coordenados de maneira a que, na maior parte do serviço, se calhar, em 90 por cento, nós temos condições de uma saída imediata, com qualidade, porque é isso que nos exigem, cada vez mais.