CANADÁ EM PESO NA QUINTA EDIÇÃO DO AZORES FRINGE

O festival internacional de artes, Azores Fringe, está a acontecer pela quinta edição, até 30 de junho, por todo o arquipélago dos Açores. Entre os 300 artistas de mais de 50 países, o Canadá tem uma presença como nunca antes vista.

Durante a primeira semana do festival, as escritoras Lisa Furtado e Elaine Ávila juntaram-se ao diretor artístico da MiratecArts e fundador do Fringe, Terry Costa, na ilha do Pico.

Os três artistas nasceram no Canadá, em famílias portuguesas. Os luso-descendentes já vêm a colaborar há vários anos, mas foi agora na ilha montanha que uma parceria foi mais realçada para que futuros projetos venham a desenvolver-se.

Parceria é o que a MiratecArts tem com a empresa de Toronto, Arts Unfold, liderada por Teresa Ascenção, que avançou já este ano. Desta feita, a MiratecArts será a anfitriã da residência artística Once Upon Water, que vai acolher 20 artistas na vila da Madalena para explorarem a temática da água.

Mas nem só de luso-descendentes se faz a participação do Canadá no maior festival de artes nos Açores. Na sessão de 50 filmes 50 países do shorts@fringe, o trabalho do cineasta Michael Trozzolo está presente.

Helena Wadsley, Judy Major-Girardin e Shelley Ouellet trazem um pouco das suas províncias de Columbia Britânica, Ontário e Alberta para desenvolverem novos trabalhos nos Açores, enquanto o escultor David Swartz vem ao Fringe para pesquisar uma possibilidade de adicionar o seu trabalho na Galeria Costa, ao ar-livre.

Pankaj Brijlani trabalha com efeitos especiais em filmes de Hollywood, como Divergent, Revenant e The Avengers. A sua presença no Fringe irá para além das conversas com artistas, momentos já populares no festival. Também se verá o artista a desenvolver o seu trabalho usando a ilha como laboratório de experimentação.

A Companhia de Dança SQx vem de Vancouver e vai encerrar o festival no Auditório da Madalena, Pico, com a estreia de Over A Rainbow. As quatro bailarinas apresentam-se pela primeira vez em território português e, para além da atuação, vão liderar workshops e apresentar momentos em relâmpago pela ilha montanha.

Mais de uma dúzia de artistas, uns com experiência e outros galardoados, em vários países, todos têm a vontade de explorar as ilhas no meio do oceano Atlântico, e assim, desenvolverem, apresentarem e criarem novos trabalhos dos Açores para o mundo.