Neste nosso País que teve o engenho e arte para se libertar do fascismo que o oprimia, encetando de seguida um caminho para um tipo de democracia ainda em formação, temos sido surpreendidos, em frequência a tornar-se perturbadora,
Cada vez menos pessoas encaram e celebram o Natal como forma de encontro ou reencontro com o agregado familiar ou a homenagem a uma criança nascida, há mais de 2000 anos, no seio duma família simples e em circunstâncias particularmente humildes.
Ainda não tínhamos conseguido deglutir totalmente a receita das agências de notação e eis que, para ajudar a digestão, o FMI-Fundo Monetário Internacional nos procura empanturrar com o seu relatório habitual, condimentado com conselhos.
As designadas agências de notação ou de «rating» como alguns preferem catalogá-las, não são mais senão empresas privadas em que a estrutura accionista é dominada por fundos de investimento cujas avaliações, quando decidem sobre as suas aplicações, procuram uma relação directa de benefício com as operações dos mercados, vulgo Bolsa.
Histórias estas mais antigas que todos nós, escritas pelo pincel de Eça de Queirós e de tantos outros que nos contam um Portugal absolutamente centralista: Lisboa, sempre Lisboa!
No passado dia 20 de Março, o jornal Audiência publicou um artigo da minha autoria sobre o Acordo Ortográfico (Parte I), no qual, em jeito de brincadeira, reclamava a anulação não do último acordo, mas de todos os já firmados até hoje, bem como a recuperação de todo o vocabulário e matriz cultural perdidos ao longo dos tempos.
Sobre o AO e as mais recentes investidas para a sua anulação vou escrever dois textos: um a sério e outro a brincar, avisando, desde já, que não serei parca em adjetivação. O texto de hoje é o menos sério, o menos profissional, o mais controverso.
Gosto de Portugal! Uma das melhores sensações que posso ter é regressar a este país à beira-mar plantado e ser recebido com a simpatia e hospitalidade que nos é tão característica.