“SALA DA FAMÍLIA” É NOVIDADE NO REGRESSO AO ATIVO

À semelhança de outros estabelecimentos, desde 13 de março que o CASA (Centro de Apoio Social e Acolhimento Bernardo Manuel da Silveira Estrela) encerrou. Agora, em tempo de desconfinamento, o regresso às atividades de forma segura para colaboradores e beneficiários é a preocupação da instituição. Numa fase em que o CASA se prepara para regressar ao ativo, falámos com a presidente da instituição, Lurdes Alfinete.

 

 

 

Há cerca de 10 anos que o CASA tem vindo a coincidir as celebrações do Dia da Família com o dia da instituição. Assim, a 15 de maio juntam o útil ao agradável, reúnem colaboradores e beneficiários e festejam dois em um. Este ano o passeio e o picnic da Família foi substituído (devido à pandemia que se vive) por um vídeo nas redes sociais.

Lurdes Alfinete explica que havia uma série de atividades planeadas para celebrar os 140 anos da instituição. A 14 de dezembro de 2019, dia em que se comemora a efeméride, os festejos começaram com uma “sensibilização junto das nossas crianças: fizemos uma pequena resenha histórica do CASA numa linguagem mais apelativa, não infantil mas mais infantilizada”.

Para continuar as atividades, no “regresso ao CASA, a 2 de junho, vamos fazer uma pequena festa no sentido das crianças perceberem que o seu regresso era bastante aguardado”. Uma atividade em que se possa “desmistificar o novo adulto que eles vão encontrar, e uma festa pedagógica para reforçar todas as questões de segurança”.

Neste regresso às atividades, a Presidente da instituição conta que vão abrir uma nova sala dedicada aos filhos dos colaboradores que não são beneficiários do CASA: “para o regresso e retoma das nossas atividades, temos alguns colaboradores com os filhos em casa e estes viam o seu regresso posto em causa com o facto de não se apresentarem ao serviço”, explica. Desta forma, vai passar a haver a “sala da família CASA”. Assim, nem os trabalhadores ficam lesados por não poderem voltar ao trabalho, nem as crianças saem prejudicadas por não terem com quem ficar em tempo de desconfinamento.

“O nosso pessoal teve formação, portanto vamos receber as crianças e atribuir os equipamentos de segurança como a legislação prevê”, diz Lurdes Alfinete. Todos os procedimentos de segurança já estão estabelecidos, “nomeadamente no que concerne à entrega e à recolha da criança”. “O pessoal regressou presencialmente ao CASA para organizar as salas e tornar tudo em condições não só higiénicas mas também pedagógicas” para que a retoma às atividades possa ser feita. Acima de tudo, a Presidente da direção quer que fique explícito que toda a equipa está “formada e informada”, e preparam-se para, em conjunto com os beneficiários, voltar a fazer do CASA a sua casa.

Apesar do distanciamento presencial, o contacto entre educadores e crianças nunca deixou de ser feito. Nas redes sociais são lançados vídeos educativos com atividades para as crianças fazerem com os pais e, até, peças de teatro. Lurdes Alfinete refere que o corpo de colaboradores do CASA decidiu que “queria manter o contacto com os seus meninos, meninas e jovens” para que os pais “tenham ali uma forma de manterem o contacto, ainda que virtual, com os adultos de referência dos seus filhos”.