O Festeatro – VIII Festival de Teatro Amador de Vila Nova de Gaia foi organizado pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, começou no passado dia 20 de outubro e vai decorrer até ao próximo dia 30 de novembro, no Auditório Municipal de Gaia, onde vão estar em cena nove peças teatrais que serão apresentadas por sete coletividades do concelho.
O Festeatro foi criado pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia (FCVNG), tendo em vista a promoção do teatro amador realizado no município e do trabalho que é desenvolvido pelas coletividades gaienses. A oitava edição deste Festival de Teatro Amador contempla a apresentação de nove peças, que serão levadas ao palco por sete coletividades do concelho.
“Morte e Vida Severina” foi a peça que inaugurou, no passado dia 20 de outubro, a edição deste ano do Festeatro, com a representação dos Plebeus Avintenses no Auditório Municipal de Gaia. No dia 25 de outubro, a Associação Recreativa de Canelas exibiu “Almas do Outro Mundo”. No dia 26 de outubro, a ACRAV apresentou a peça “O Troca Tintas”. No dia 27 de outubro, o palco do Auditório foi pisado pelo Sporting Club Candalense, com “As Vizinhas da Miquinhas”. A peça “A Visita do Conde de Avintes” vai ser interpretada no dia 2 de novembro pela Abientes. No dia 3 de novembro, o Grupo Cénico da Paróquia de Oliveira do Douro vai representar “Um Santo de ao Pé da Porta”. No dia 8 de novembro, o palco será da TEAGUS com a peça “Floresta Cinzenta”. No dia 9 de novembro, o Sporting Club Candalense vai apresentar “Santa Marinha Uma Estória”. No dia 15 de novembro, os Plebeus Avintenses vão interpretar “Eu Anne”. A Festa de Encerramento vai decorrer no dia 30 de novembro e vai incluir uma homenagem à personalidade teatral do ano.
Paulo Rodrigues, presidente da FCVNG, afirmou ao AUDIÊNCIA que “o Festeatro é muito importante, porque visa promover o trabalho que é desenvolvido nas coletividades que têm teatro, obviamente, e aqui, em Vila Nova de Gaia, há imensas coletividades que têm teatro e a Federação promove este Festival de Teatro Amador já desde 2006, houve uma interrupção, portanto, nós estamos na 8ª edição do Festival e é importante para a Federação das Coletividades de Gaia divulgar aquilo que é o trabalho que é desenvolvido nas coletividades pelos atores, atrizes, encenadores, cenógrafos e técnicos e por toda a gente ligada ao teatro, porque eles fazem-no disponibilizando o seu tempo com altruísmo e nos momentos livres que têm depois das suas atividades profissionais, e este é um Festival verdadeiramente de teatro amador, feito por coletividades que são associadas da Federação e, portanto, elas merecem, da nossa parte, todo o nosso apoio, toda a nossa atenção e a promoção daquilo que eles realizam ao longo do ano”.
No que concerne as novidades, o presidente da FCVNG revelou que estas estão relacionadas com “o design e, portanto, toda a imagem do Festeatro que foi trabalhada. Portanto, temos uma nova imagem e, depois, está também na participação das sete coletividades, que vão apresentar nove peças de teatro”, salientando que “nós esperamos que esta edição, em exemplo de todas as outras, seja um sucesso”.
Eduardo Moura, arquiteto e responsável pela nova conceção e pela nova imagem do Festeatro, aproveitou a ocasião para salientar que este Festival é gratuito e “nós também queremos e o nosso desafio é fazer com que as pessoas que fazem teatro também vejam teatro. Nós temos uma das melhores salas do país.”
“Este é um verdadeiro Festival de Teatro Amador”, enalteceu Paulo Rodrigues, ressaltando que “isto é a prata da casa, são coletividades associadas da Federação das Coletividades de Gaia, são instituições que durante todo o ano, nas suas coletividades, promovem a atividade teatral e que desenvolvem esta atividade com, como eu costumo dizer, sangue, suor e lágrimas, com muitas dificuldades, mas com muito altruísmo, com muita carolice e com muito amor ao teatro”.
O presidente da FCVNG lembrou ainda que “nós vamos ter, em simultâneo, quatro festivais de teatro, portanto vamos ter o Festeatro, o Encontro do Festival do Grupo Dramático de Vilar do Paraíso, o Festival José de Guimarães da Tuna Musical de Santa Marinha, e o Encontro de Teatro dos Plebeus Avintenses. Portanto Gaia é, seguramente, a capital do teatro”.
Neste seguimento, César Oliveira, presidente da Assembleia Geral da FCVNG, referiu que “são 22 instituições que desenvolvem teatro no município, sendo que tem sido norma do Festeatro de um dos critérios de seleção e penso que terá sido este ano o mesmo, é aqueles que nunca atuaram no Festeatro assim como peças repetidas não”, evidenciando que “este Festival não é para competir com nenhum dos outros festivais que estão a acontecer no município, mas é sim muito mais para motivar as instituições que ainda não têm trabalho a ser desenvolvido, para que não percam a ambição de ter uma peça e nós queremos, de facto, que essa raiz nunca saia dos grupos”, porque “não é em vão que se diz que Gaia é a capital do teatro amador”.
Paula Carvalhal, vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gaia, mencionou a este propósito que “naturalmente, para o município, esta iniciativa é, ao longo dos últimos anos, acarinhada, e nós queremos continuar a acarinhá-la e a apoiá-la, porque, efetivamente, nós somos o município do teatro, não só é Avintes a capital do teatro amador, mas, efetivamente, e pela amostra que temos das coletividades que participam, nós temos uma boa representatividade do grupo das nossas freguesias e das nossas coletividades. Efetivamente, acontecem vários festivais de teatro em simultâneo e em paralelo com o Festeatro e isso é muito interessante e é muito bom ver que não vai faltar público e isso significa que, efetivamente, estamos com uma dinâmica diferente da do passado, mas com uma dinâmica que tem este alerta”, terminando o seu discurso com o clamor “Viva o Teatro!”.