O Clube de Golfe de Miramar em equipas femininas, e o “centenário” Oporto (Espinho) no sector masculino, dominaram por completo o Campeonato Nacional de Clubes Solverde, que durante vários dias animou sobremaneira os “greens” e o “Club House” do Estela Golfe Clube, no município da Póvoa de Varzim e no qual participaram instituições de todo o país, incluindo as regiões dos Açores e da Madeira.
Na vertente feminina, a menos de uma década das comemorações do centenário da instituição, as meninas do Clube de Golfe de Miramar voltaram a fazer história, graças à conquista recente do bi-Campeonato Nacional (Taça Nini Guedes Queirós), no âmbito da realização da 60ª edição da prova “rainha” que decorreu com bastante entusiasmo por parte das jogadoras e jogadores envolvidos.
A formação miramarense, da qual fizeram parte Ana Costa Rodrigues, Luciana Reis, Carolina Moutinho Ribeiro, Francisca Ferreira da Costa e Margarida Alves e capitaneada por Carlos Magalhães, derrotou na final as congéneres do Oporto (2.5 pontos contra 1.5), cuja vantagem, ainda que fosse mínima, lhes permitiu a obtenção do seu sexto título em cuja disputa participou também uma representação do Citynorte da Senhora da Hora, que se classificou honrosamente no terceiro patamar do pódio.
Mas se na variante feminina as jogadoras miramarenses não deixaram os seus créditos por “putts alheios”, na vertente masculina, os espinhenses do centenário Oporto, senhores de um historial “brilhante” que data de 1890, não deram hipóteses à “concorrência”, sagrando-se “tetra campeões” com mérito indiscutível, na sequência de uma final frente a Miramar, que lhes assegurou a conquista da Taça Visconde Pereira Machado mercê de um triunfo inteiramente merecido (4.5 pontos contra 2.5), enquanto Vilamoura obtinha o terceiro lugar ao vencer o Estoril, por (4.5-2.5). Liderados por Luís Miguel Montenegro, eis os “heróis” da Costa Verde: Vasco Alves, Miguel Cardoso, Ricardo Garcia, Luís António Silva, Pedro Sousa Machado e José Gomes.
David Lloyd e Isabel Barbosa
de novo campeões do Fojo
Mas enquanto os “vizinhos” de Miramar davam largas à alegria de ver as suas meninas subir ao pódio e arrebatar o troféu pelo segundo ano consecutivo, os relvados do canidelense Golfe da Quinta do Fojo conheciam também os seus novos campeões, que de novos nada tinham, uma vez que tanto David Lloyd como Isabel Barbosa eram ainda os campeões em título da instituição dirigida por Filomena Rito.
Na vertente masculina, David Lloyd, um dos jogadores mais credenciados do clube (“hdcp” 4), foi o grande dominador do evento, pois tendo sido também o vencedor da prova de apuramento (Taça Wellington), apesar da valia do seu primeiro opositor (Pier Valent), alcançou uma vitória bastante confortável (6/5), dando um passo importante para a chegar à almejada meta, que ninguém conseguiu travar, uma vez que depois de Valenti, nem os opositores que se lhe seguiram, José Carlos Bago e Claudino Oliveira, nem o ex-campeão Paulo Castelo, que tinha eliminado o também credenciado Paulo Girão, tiveram argumentos para travar Lloyd e impedi-lo de festejar mais um título e se sagrar “bi-campeão”.
Em relação a Paulo Castelo, que também já tinha sido campeão mais que uma vez, arrasou nos quartos-de-final ao “cilindrar” António Pimenta com um copioso (9/7), para “despachar” depois Fábio Moreira e Paulo Girão, este provavelmente o adversário mais credenciado que lhe saiu por sorte. Por isso, acresce salientar que a vitória de Lloyd não sofre discussão, se tivermos em conta que após a disputa do 24º buraco, David Lloyd acabava de conquistar virtualmente e com ampla vantagem, uma meta que já ninguém poderia inviabilizar para repetir a conquista de um título que lhe assenta por direito próprio.
Entretanto, na vertente feminina, a detentora do ceptro, Isabel Barbosa não teve grande dificuldade em defender um título que já tinha conquistado nas duas últimas finais; derrotou no último teste Sofia Rito, uma agradável surpresa a reviver no seio duma instituição que já inscreveu o seu nome no galarim dos troféus nacionais, só para recordarmos o legado brilhante que o Golfe da Quinta do Fojo deu à modalidade em 2006, ao conquistar o título máximo do golfe feminino nacional, sob a liderança técnica da profissional Patrícia Brito e Cunha. Para mim, que já nesse distante 2006 estava por dentro desta salutar modalidade, é importante fazer reviver o golfe feminino neste clube gaiense. Até porque, as sementes estão lançadas !!!