João Alberto Oliveira, governador do Distrito 1970, visitou a Cruz Vermelha de Gaia e foi recebido na Câmara Municipal, por Eduardo Vítor Rodrigues, na visita oficial que fez ao Rotary Club Gaia-Sul, no passado dia 10 de janeiro. A passagem pelo concelho gaiense ficou marcada pela assinatura do protocolo entre a autarquia e o clube rotário, para o apoio aos refugiados ucranianos do Seminário do Cristo Rei.
Realizou-se, no passado dia 10 de janeiro, a visita oficial do governador do Distrito 1970, João Alberto Oliveira, ao Rotary Club Gaia-Sul, que começou com uma passagem pelas instalações da Cruz Vermelha de Vila Nova de Gaia, sendo que, depois, o movimento rotário foi recebido na Câmara Municipal, pelo presidente Eduardo Vítor Rodrigues. Este momento, sobretudo simbólico, contou com a assinatura do protocolo entre a instituição e a autarquia, no que concerne ao apoio prestado aos refugiados ucranianos, que se encontram no Seminário do Cristo Rei.
Bernardo Nunes, presidente do clube rotário gaiense, usou da palavra na pequena cerimónia e agradeceu o facto de “desde a primeira hora que lançamos este repto, de apoiar os ucranianos com o que eles necessitassem, para se adaptarem na nossa comunidade, que recebemos, da parte da Câmara, toda a disponibilidade para ajudar”. Além de um fogão industrial, o Rotary ainda entregou, no Seminário do Cristo Rei, “máquinas de lavar e secar roupa, micro-ondas e ferros de engomar”, objetos que eram necessários “para que eles tivessem o mínimo de condições e pudessem gerir o seu dia a dia”, admitindo que ainda faltava concretizar a entrega de “cerca de 15 mesas e 60 cadeiras, para que possam ter um ambiente de socialização, no espaço que ocupam, e que lhes permitirá estarem mais próximos uns dos outros”.
Por sua vez, João Alberto Oliveira, recordou a instituição do Rotary Internacional e os seus 117 anos de história, como “uma das maiores organizações de serviços do mundo”. Apontando o facto de Gaia ter três clubes do movimento, destacou a ajuda prestada ao povo ucraniano, “uma das áreas de grande foco nestes últimos tempos”. “Agradecemos à Câmara Municipal de Gaia por este esforço, este trabalho por pessoas como nós que, de repente, se viram despojadas de tudo, por isso, é um trabalho que nos cabe a nós, como cidadãos, e para o qual estamos vocacionados, como Rotary e organização”, referiu, por fim, o governador do Distrito 1970.
Já Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, mostrou o gosto de receber o clube e de fazer parte do seu trabalho social. “Do lado da defensiva é uma guerra necessária, porque significa defender os valores essenciais da nossa civilização, por isso, todo o apoio que pudermos dar à Ucrânia, seja de uma forma mais humanitária ou monetária, é um apoio justo”, aludiu. O edil gaiense mencionou, ainda, que “talvez as novas gerações venham a perceber que aquilo que estão a viver hoje é coisa para não repetir”.
Quanto ao apoio de cinco mil euros que a autarquia deu ao Rotary, para a compra de alguns equipamentos, o presidente destacou que o clube mais do que duplicou esse apoio e evidenciou o trabalho em rede. “A Câmara sozinha podia fazer, como em muitas outras áreas, não precisaríamos de parceiras, pelo menos do lado material, mas precisamos do trabalho conjunto e de rede, que vale a pena fazer. Nós saímos um bocadinho mais fortes, vocês saem um bocadinho mais fortes e, em conjunto, saímos mais fortes do que o somatório de nós os dois”, disse.
Por fim, Eduardo Vítor Rodrigues, destacou o facto de aquela ser a última cerimónia no salão nobre, antes da obra estrutural do edifício. “É simbólico que a última cerimónia deste ciclo de 110 anos seja convosco e com uma iniciativa que visa a paz e não o materialismo. Fechamos este ciclo com aqueles que trabalham, voluntariamente, sem outro interesse, e com um protocolo que, sendo simbólico, representa aquilo em que nós acreditamos, que é o valor da paz e da tranquilidade”, concluiu o presidente da Câmara.
A visita do governador culminou com um jantar no restaurante do El Corte Inglés, que contou com a presença de Célia Correia, vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e representantes de inúmeros clubes rotários do Norte do país.
No jantar, depois da troca de presentes, João Alberto Oliveira, destacou as boas práticas do clube gaiense e referiu que “hoje, tive a oportunidade de estar com o clube e de aprender imenso”. Sublinhou, ainda, que “o Rotary Club Gaia-Sul tem causas fortes, e eu hoje vi isso, trabalha para o apoio aos refugiados, não só os da Ucrânia, mas também apoia a Cruz Vermelha e os jovens estudantes e isso é exemplar e muito importante, por isso, eu hoje quero reconhecer este trabalho, que tem sido feito e encorajar para que continuem com mais força” e terminou lembrando que “juntos, vemos o mundo onde as pessoas se unem e entram em ação, para causar mudanças duradouras, em si mesmas, nas suas comunidades e em todo o mundo”.