O Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, acolheu o 2º Encontro do Alojamento Local dos Açores, que foi promovido pela Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA), em parceria com a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo. Álamo Meneses, presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Vânia Ferreira, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Luís Silva, presidente da Câmara Municipal de São Roque do Pico, Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, e Rosa Costa, diretora regional do Turismo, juntaram-se às centenas de pessoas presentes neste evento, onde foi debatida a realidade e defendidos os interesses do setor.
Promovido pela Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA), em parceria com a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, o 2º Encontro do Alojamento Local dos Açores decorreu, entre os passados dias 19 e 20 de janeiro, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo. Este evento, que foi agraciado com um momento musical protagonizado pelos Art’Fado, contou com a participação de centenas de pessoas, entre as quais, Álamo Meneses, presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Vânia Ferreira, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Luís Silva, presidente da Câmara Municipal de São Roque do Pico, Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, e Rosa Costa, diretora regional do Turismo.
Na ocasião, João Pinheiro, presidente da ALA, sublinhou que o Alojamento Local (AL) “não é apenas um setor, mas sim um catalisador do desenvolvimento regional”, asseverando que cria “valor, empreendedores, sustentabilidade, reabilitação, personalidade e memórias inesquecíveis para os nossos visitantes”.
Garantindo que a destruição do AL não resolverá o problema da habitação, o líder da Associação do Alojamento Local dos Açores reforçou que, “pelo contrário, estamos a comprometer o crescimento económico que tanto ansiamos e a fixação de pessoas que desejamos para a região”.
No seguimento do recente encerramento da base da Ryanair no final do ano transato, João Pinheiro afiançou que “prevemos um impacto negativo no 1º trimestre de 2024, afetando especialmente o Alojamento Local”, salientando que o AL depende “enormemente dos canais de comunicação digitais e é essencial apostar em campanhas com uma presença robusta na era digital, atraindo clientes que procurem o nosso setor”.
Recordando o início do Plano de Formação da ALA, em colaboração com a Escola Profissional da Ribeira Grande e a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, o presidente da Associação do Alojamento Local dos Açores ressaltou que “essas formações devem ser parte integrante de um plano regional, oferecendo oportunidades regulares aos nossos proprietários e seus colaboradores. A formação é fundamental para elevarmos os padrões de qualidade da nossa oferta”.
Durante o certame, João Pinheiro afirmou, também, que “este não é o momento certo para a criação de uma taxa turística em São Miguel”, adiantando que a Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA) devia “falar com os parceiros, para obter contributos e para que não haja constrangimentos”. “Temos todas as condições para termos uma taxa turística específica dos Açores e não importar uma taxa qualquer, sendo que a existir, devia ser cobrada à entrada nos Açores e não nos alojamentos”, acrescentou.
Já em relação à promoção do Destino Açores, realizada pela VisitAzores, o presidente da ALA disse não estar satisfeito, já que a principal promoção acaba por ser feita pelos proprietários dos alojamentos locais, acrescentando que o “Governo tem de olhar para o turismo como um setor vital para a economia dos Açores”.
O líder da Associação do Alojamento Local dos Açores encerrou este encontro frisando que “o setor do AL é vítima do excesso de burocracia completamente desnecessária”, pelo que “torna-se necessário reduzir o esforço e o tempo que os proprietários têm de despender com os processos burocráticos de licenciamento, candidaturas ou mesmo na sua atividade regular, quando poderiam e deveriam estar ocupados a trabalhar no AL e a tornar ainda mais personalizada a experiência dos turistas, que optam por este tipo de alojamento”.
Para o dirigente da ALA, 2023 fica marcado pela “luta em torno da Contribuição Extraordinária do Alojamento Local (CEAL), incluída no programa Mais Habitação e que, se aplicada à região, oneraria de forma brutal os empresários dos Açores”.
Neste seguimento, Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, assegurou que “o Governo dos Açores quer isentar todo o território da região, da aplicação da CEAL”, lembrando que “a Assembleia Regional tem até ao fim de junho deste ano, para legislar sobre esta matéria”.
Por fim, João Pinheiro enalteceu que este 2º Encontro do Alojamento Local dos Açores serviu para “elucidar as entidades competentes sobre o caminho que estamos a trilhar e ajudar a encontrar caminhos de sucesso para todos os açorianos. Se hoje somos uma região galardoada com prémios mundiais do turismo, é, também, graças ao sucesso do AL e, principalmente, ao amor que os proprietários do Alojamento Local têm em receber bem quem nos visita”.