O golfista amador, Jorge Abreu, um antigo campeão interno do nonagenário Golfe de Miramar, continua a evidenciar os seus dotes técnico-competitivos numa época que tem sido auspiciosa para as suas aspirações.
No torneio em questão – Carregosa Miramar “Open” – disputado na modalidade de “stroke-play” (é a fórmula classificativa por que se rege a alta competição) e que leva já sete edições sucessivas no mesmo cenário à beira-mar, o evento contou com a participação de cerca de centena e meia de inscritos, em representação de uma dezena percursos do norte e do centro – Miramar, Oporto, Amarante, Estela, Citynorte, Clube Nortada, Vale Pisão, Vidago e Viseu – para satisfazer os trâmites de uma competição onde ninguém queria ficar de fora, houve necessidade de proceder a duas fases de apuramento, cada uma com 72 jogadores, tal era o elevado número de inscritos. A primeira foi ganha pelo ex-campeão miramarense, Eduardo Marta da Cruz, com 74 pancadas (+4), seguido de João Maria Pontes, com 78 e Diogo Almeida, com 83, enquanto a segunda, com uma performance bastante melhor (71, uma abaixo), foi protagonizada pelo anfitrião Martin Guedes, que realizou uma volta de “sonho” (71), tendo em contra tratar-se de um “handicap” ”6”, embora esta informação seja apenas uma referência sem qualquer interferência na modalidade em disputa. Curiosamente, Jorge Abreu participou nesta segunda volta de apuramento, classificando-se em segundo lugar, com 73 (+3), a duas pancadas do vencedor Martim Guedes, que tinha sido o vencedor da segunda volta do apuramento.
Em relação à volta final, Jorge Abreu emergiu com a melhor marca do torneio, sagrando-se vencedor indiscutível da competição, após ter rubricado um “scorecard” com 69 pancadas (uma abaixo), e uma vantagem de três pancadas sobre o seu mais directo opositor, João Maria Pontes, que foi segundo com 72, e cinco sobre Ricardo Cabral, que ocupou o terceiro patamar do pódio, com 74 pancadas. Além disso, as melhores posições foram ocupadas por jogadores do clube anfitrião.
Quanto à performance individual, Abreu realizou semi-voltas de 35+34, rubricou quatro “birdies”, onze pares e três “bogeys”, enquanto Pontes, com duas semi-voltas idênticas (36+36) ficou-se por metade dos “birdies” (2), esteve melhor nos pares (12), mas piorou nos “bogeys” (4).
Posicionamento do “top-ten” final: 1º Jorge Abreu, 69 pancadas (1 abaixo do par); 2º João Maria Pontes, 72 (+2); 3º Ricardo Cabral, 74 (+4); 4º Eduardo Marta da Cruz, 76; 5º Martim Guedes, 76; 6º João Nuno Mendes Ribeiro, 79; 7º Luís Fernandes, 79; 8º Diogo Almeida, 80; 9º Luís F. Costa, 81; 10º Francisco Nunes, 81.
1º apuramento – 1º Marta da Cruz, 74 (+4); 2º João Maria Pontes, 78 (+8); 3º Diogo Almeida, 83; 4º Filipe Pereira, 84; 5º Francisco Nunes, 86.
2º apuramento – 1º Martim Guedes, 71 (+1); 2º Jorge Abreu, 73 (+3); 3º Ricardo Cabral, 75 (+5); 4º João Nuno Mendes Ribeiro, 78; 5º Manuel Au Young Oliveira, 78.
Um percurso atractivo
O percurso do Clube de Golfe de Miramar é hoje um “par 70” com alguns buracos bastante sugestivos, paralelo à praia do mesmo nome, tendo sido desenhado nos primórdios da década de 1930, pelo arquitecto escocês Mackenzie Ross, ao tempo considerado o melhor especialista de campos de golfe. Tal como sucedeu com muitos outros, de norte a sul do país, depois do período de incerteza motivado pela Pandemia, o percurso miramarense parece ter voltado à normalidade e os torneios têm-se sucedido em catadupa, porque os entusiastas desta salutar modalidade, praticada por milhões de pessoas em todo o mundo e que se joga ao ar livre, não viam outra forma de gerir a Pandemia senão deixar de inventar perigos onde eles não existiam.