O quarto conto do concurso “Um Caso Policial no Natal” tem assinatura de um dos nossos mais consagrados produtores e decifradores de enigmas policiais, que tem assumido ultimamente um papel relevante na divulgação e promoção da problemística policiária, sobretudo através das iniciativas promovidas no blogue “Repórter de Ocasião” (reporterdeocasiao.blogspot.com), que aconselhamos vivamente a visitarem, onde decorre atualmente o Torneio Cultores do Policiário.
“Um Caso Policial no Natal” – QUARTO CONTO
PRAZERES DE NATAL, de O Gráfico
Desde tenra idade que acompanhavam os mais velhos… naquele delirante prazer, mas ainda muito jovens, não tinham autorização para participar, pois os adultos impunham-se e açambarcadores queriam só para eles o deleite de desfrutar com a presença delas… escolhê-las, tocar-lhes, senti-las nas suas mãos… era uma sensação descomunal e então, de permeio, em época Natalícia… os desejos transcendiam-se e tornavam-se excecionais! Os mais jovens tinham de ter paciência… a sua vez haveria de chegar…, mas quando atingida a maioridade… e já ninguém os pudesse impedir de usufruir destes sentimentos agradáveis, deleitosos, de aspirações sublimes, alegrias e contentamento… a “vingança” tornava-se notória e entravam em ação com enorme sucesso e depressa se mostravam mestres no “ofício”… na maneira airosa de como lidar com elas… e no “tratamento” original que lhes davam…
Devido às visualizações e constantes observações de anos anteriores e consecutivos, sem os deixarem participar, já sabiam como proceder e chegava, então, a hora de mostrar aos mais idosos qual a melhor maneira… de lidar com elas… e atiravam-se às “meninas”… de modos libidinosos, gentis e delicados e até, nalguns casos, em determinados momentos, ensinavam aos mais velhos… como é que se praticavam, da melhor maneira e com sabedoria, estes processos! Elas… embora desapaixonadas… sabiam que somente entravam na festa para delícia e prazer dos seus acompanhantes… e assistiam, obedientes, entregando-se, à arte, perícia e engenho destes novos companheiros que já mostravam enorme saber, embora jovens ainda e o melhor jeito para misturá-las e entrelaçá-las para depois do enorme prazer desfrutar! Sentiam-se mudadas!
Antes dos festejos Natalícios, era da praxe, eles faziam um interregno… e deixavam de visitá-las e tocá-las, de propósito, para que quando chegasse o momento certo, em plena época de Natal, os desejos de se envolverem com elas permanecessem mais necessitados e cobiçosos! E por estas alturas… havia, sempre, quem arranjasse “meninas” novas…, a estrear, para as reuniões e práticas usuais e tradicionais! E no meio das comezainas propícias, com as barrigas cheias de bacalhau, cabrito, peru, polvo, doces, muitos doces e digestivos a condizer… lá surgiam os encontros com as novas “meninas”… em novas apresentações absolutas! De olhos arregalados e brilhantes, bem comidos e bebidos, eles voltavam para elas…
…Elas, as mais antigas, estavam com saudades dos seus amantes… mais queridos… aqueles que as fazem verdadeiramente e inequivocamente mais felizes! Que as sabem receber, acariciá-las de um modo sublime, que as olham com ternura e paixão e as atiram, depois, suavemente, para cima da mesa do prazer… e as recolhem… depois do ato… com ar satisfatório e triunfal! Mas, pelo Natal, viam-se algo desprezadas, pois eles preferiam as “meninas” novas… …Os homens mais novos, não se importam se elas são novas ou mais velhas…, querem é desfrutar da ocasião e regressam para ambas, com os sorrisos e desejos únicos estampados nos rostos e elas retribuem obedientes às suas vontades…
…E passadas duas e/ou mais horas… destes encontros amorosos… todos entrelaçados… cada um dos companheiros, aos pares, é obrigatório e manda a tradição, com as suas respetivas, preciosas e inigualáveis beldades, ou seja, possuindo as melhores e mais valiosas “meninas” dos vários grupos… sempre vestidas de modo atraente nas cores de preto e vermelho, tons repletos de sensualidade… nalguns casos, não numa, nem em duas, ou três ocasiões, seguidas, mas sim… por quatro ou cinco vezes… e até mais (!) chegam ao sucesso pretendido… no epílogo das suas vontades e ações! Outros, nem tanto…, não conseguem, de quando em vez! O proveito de uns reflete-se no fracasso dos outros! Os festejos triunfais dos pares vitoriosos, após o “objetivo” conseguido, com elas, tornam-se recíprocos e bastante exuberantes!
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…E nestes extraordinários, aprazíveis e divertidos jogos de Sueca… num destes dias, António Valdemar Pinto e Luís Rodrigues (RO) ganharam várias partidas, quatro séries de jogos, todas as efetuadas, aos seus amigos adversários… num dia em que elas, as cartas, as “meninas” voltaram a ser baralhadas, selecionadas, tocadas e carinhosamente atiradas para a mesa do jogo! Êxito total! Delícia sumptuosa, magistral! Momentos de satisfação única!!
…Elas, as cartas, as “meninas” novas, a estrear, ou velhas, já bastante usadas em muitos jogos de “Sueca”… estavam com muitas saudades, de se entregarem, novamente, a quem definitivamente… as sabe tratar bem, especialmente com amor, carinho e… paixão! AVP & RO são dois enormes e perfeitos exemplos disso mesmo! Exímios jogadores!
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Nos torneios de jogos de “Sueca” o mais importante não é ganhar, mas sim participar com entusiasmo e voluntariedade, com o desejo de estar presente, conviver com Amigos e sentir a alegria e confraternização de UM MOMENTO ÚNICO, com imensa vivacidade!! Terminar em 4.º, 3.º ou 2.º lugar, por equipas, ser eliminado na fase de grupos ou afastado numa prova de eliminatórias, ser vencedor ou não, ganhar um qualquer prémio… a satisfação, efusividade e contentamento… é sempre igual como se de glória… se tratasse porque as características e significado da sua essência residem na virtude do saber comunicar e divertir-se de um modo fraterno entre pessoas, em comunidade!!
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à avaliação deste quarto conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída, entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a não “fazerem juízo em causa própria”.