O Oporto Golf Club (Espinho), instituição fundada no longínquo ano de 1890 e que foi pioneira da modalidade em Portugal, é o novo Campeão Nacional Masculino de Clubes, após ter recuperado o estatuto de nº 1 de Portugal, para arrecadar a sua sétima Taça Visconde Pereira Machado, pondo termo a um “jejum” já que durava desde 2010. Naquele que terá sido um dos torneios mais concorridos da história da modalidade em Portugal (cerca de duas dezenas de clubes de todo o País), a centenária colectividade da Costa Verde sucede ao vizinho Golfe de Miramar, que era o detentor do troféu e que tinha arrebatado as duas últimas edições, tanto no sector masculino como no feminino. mas que agora, em ambas as vertentes, não conseguiu melhor que a condição de “vice”, no torneio federativo que se desenrolou no percurso algarvio do Morgado (par 73), nos subúrbios de Portimão.
Para alcançar o claro triunfo que lhe deu o título, disputado num conjunto de três voltas de 18 buracos, a formação espinhense, que teve em Vasco Alves o seu melhor elemento, concluiu com o “score” agregado de 645 pancadas (12 abaixo), enquanto o conjunto miramarense, que teve em Pedro Lencart da Silva, actual campeão nacional amador e o melhor executante da prova, perdeu capacidade competitiva pelo facto de vários dos seus campeões terem enveredado pelo profissionalismo. Para além de Vasco Alves, com voltas de 68+68+70, alinharam pelo Oporto, Afonso Girão, com (-4), parciais de 72+73+70, e João Girão (+5), com voltas de 75+75+74, enquanto Miramar, com Pedro Lencart, que completou a três voltas abaixo do par, com parciais de 67+65+67 (-11), Pedro Clare Neves, que esteve ao nível do Par (219), com voltas de 73+71+75, ao passo que João Iglésias, Afonso Rodrigues e Ricardo Cabral não conseguiram dar o contributo desejado. O terceiro patamar do pódio pertenceu ao Golfe Quinta do Perú (Azeitão), com 17 acima do par, numa competição em que os nortenhos do Golfe de Paredes (5º lugar com +26), para o qual pontuaram Miguel Cardoso (+2), Hugo Camelo Ferreira (+11) e Pedro Mendes (+18), foi uma agradável surpresa. Já a Quinta do Fojo, que participou com Ramiro Pinto, César Campos, Paulo Castelo e Barreira de Castro, limitou-se a dignificar o espírito participativo da instituição presidida por Filomena Rito.
Quinta do Lago sucede
a Miramar
No torneio feminino, que tinha em jogo a disputa da Taça Nini Guedes Queirós, os “louros” da temporada vão para a Associação da Quinta do Lago (Almancil) a grande surpresa do torneio, superando as campeãs em título (Miramar), por uma vantagem de onze pancadas. Com Sofia Barroso de Sá a destacar-se, com três voltas todas abaixo do par (69+68+65), que somente a miramarense Ana Costa Rodrigues repetiu, embora com números menos relevantes (71+69+72), a algarvia Maia Samuelsson, que terminou com (-3), parciais de 74+71+71, também contribuiu para colocar a Quinta do Lago no “top” do golfe feminino nacional, uma vez que terminou o torneio com o agregado relativo de (-20), contra os (-9) do colectivo miramarense (418 contra 429). A par de Ana Costa Rodrigues, que teve uma performance global de sete abaixo (212), Matilde Fernandes, com um agregado de 217 (-2) e os parciais de 75+73+69) também deu um excelente contributo para que o Golfe de Miramar pudesse regressar a Vila Nova de Gaia com o galardão correspondente ao estatuto de vice-campeão nacional feminino. Entretanto, o Golfe Orizonte, com Luciana Reis e Beatriz Themudo Santos, ambas ao nível do par do campo (219) fizeram jus à conquista do terceiro lugar, à frente da Quinta do Perú (+3), Oporto (+7) e Estoril (+40), fechando o leque de participantes no torneio.
Ramiro Pinto soma
triunfos na Quinta do Fojo
Entretanto, no percurso gaiense do Golfe da Quinta do Fojo, em Canidelo, Ramiro Vieira Pinto continua a dar boa conta de si neste período pós confinamento. Depois de ter ganho a classificação “gross” do Torneio das Vindimas, cuja prova teve Hugo Roxo como vencedor destacado da classificação bonificada (obteve 44 pontos contra 41 dos principais seguidores), este antigo profissional, hoje ligado mais de perto ao ensino da modalidade, voltou a evidenciar os seus dotes ao conquistar posição idêntica no Torneio Caetano Star com uma performance apreciável. Perante cerca de meia centena de praticantes, oriundos de campos como o Citynorte. Clube Nortada, Miramar, Oporto e Axis de Ponte de Lima, Ramiro Pinto venceu destacado impondo-se, sobretudo, na classificação de “score” real, em cuja fórmula o praticante apenas pode contar com os seus atributos. Ramiro Pinto, que nas “Vindimas” tinha concluído o torneio com o “score” de uma abaixo (59 pancadas), não esteve aqui tão exuberante, uma vez que nem sequer conseguiu estar ao seu nível de jogo (hdcp 3). Ainda assim, mesmo com um triunfo com seis acima do par (66), logrou uma vantagem considerável sobre os mais directos seguidores, J. Policarpo Gonçalves e o actual vice-campeão do clube, Carlos Dias, que não conseguiram melhor que uma performance de 10 acima, enquanto o próprio Ramiro Pinto completava o seu percurso com dois “birdies” (uma abaixo do buraco), 12 pares, um “bogey” (uma acima do buraco) e três duplos. De referir que na classificação bonificada, o triunfo pertenceu a José Pedro Freitas (“hdcp” 21), que completou os 18 buracos com 42 pontos, à frente do trio formado pelo viseense Antero Oliveira e pelos anfitriões, Joaquim Santos e Paulo Ferreira, todos com 40 pontos.