A Capgemini Engineering abriu um laboratório de investigação, dedicado à mobilidade sustentável e inteligente, em Vila Nova de Gaia, o Mobility Lab. Com uma equipa multidisciplinar que já conta com mais de 350 colaboradores, a empresa trabalha com marcas como a BMW, a Volkswagen e a Renault. No dia da inauguração oficial do espaço, foi possível visitar as instalações, falar com os engenheiros que trabalham nos projetos, bem como ver automóveis cujos softwares foram desenvolvidos pela empresa.
Vila Nova de Gaia alberga o novo Mobility Lab do grupo Capgemini. A marca é líder de mercado, a nível global, em soluções de software de ponta e serviços para a indústria automóvel e inaugurou, no dia 5 de julho, em Gaia, o novo laboratório de investigação dedicado à mobilidade sustentável e inteligente.
“O Mobility Lab surge no âmbito da revolução que a indústria automóvel está a viver desde o início deste século com a explosão das tecnologias móveis, o crescimento da conectividade e a emergência das novas tecnologias como a IA ou/e o IoT, bem como o surgimento dos smart cars. Este novo centro reforça o compromisso da Capgemini Portugal com o desenvolvimento das competências da sua equipa portuguesa na área do software para a indústria automóvel”, explicou Bruno Coelho, membro do Comité Executivo e responsável pela área de R&D da Capgemini Engineering.
O novo centro de investigação arrancou já com uma equipa de 350 colaboradores, mas espera chegar aos 700 postos de trabalho até 2025. “Nós já temos vindo a trabalhar no laboratório, mas com a pandemia, e devido a outras circunstâncias, não conseguimos fazer o evento que merecia, porque, repito, foi um sonho que demorou dez anos para ter tudo pronto, que não é só o espaço físico, é todo o ecossistema, e as pessoas bem enquadradas, com os parceiros, com as tecnologias, com os equipamentos, e demorou tanto tempo que nós preferimos adiar para ter um momento onde nos pudéssemos orgulhar destes dez anos de sonho”, disse Bruno Coelho
Na inauguração oficial do laboratório foi possível visitar as instalações, falar com os engenheiros que trabalham nos projetos, bem como ver automóveis cujos softwares desenvolvidos pela empresa estavam incorporados. “Temos várias áreas de projeto, desde o software que nós fizemos estar, realmente, num carro produzido em milhões de quantidade e que está por todo o mundo, temos um carro de investigação, temos laboratórios com coisas muito teóricas mas, mesmo assim, já temos alguns resultados e são as pessoas que trabalham nos projetos que estão a falar sobre eles, essas pessoas passam melhor a paixão do que eu ou do que qualquer outra pessoa do que estão a fazer”, referiu o responsável pela área de R&D da Capgemini Engineering.
“Como estamos a trabalhar em carros de alta gama e em carros onde a tecnologia está a ser testada, muitas vezes, pela segunda vez no mundo, há pouca gente que percebe daquilo”, contou Bruno Coelho sobre a espetacularidade do trabalho produzido no Mobility Lab. É por se tratar de um trabalho único, que garante que a empresa procura pessoas espetaculares, aliás, Bruno Coelho conta como um cliente, uma vez, numa reunião de trabalho, lhe disse “eu sei que é muito difícil, mas só com pessoas extraordinárias é que fazemos coisas extraordinárias”, e ele acredita que essa frase é a melhor definição do que fazem.
“Nós somos um grupo mundial e estamos em vários países. A nossa equipa de Portugal está, parte, aqui em Gaia, outra parte está no Fundão e a restante está onde os clientes estão”, disse Bruno Coelho. O Mobility Lab gaiense está situado na Rua Serpa Pinto e trabalha com empresas como BMW, Volkswagen e Renault, entre muitas outras.
Uma das coisas que a empresa considera muito importante, é o trabalho de proximidade com os clientes e o contacto é, praticamente, quinzenal. Para o responsável pela área de R&D da Capgemini Engineering, essa questão “é fundamental”. “Se temos um carro que vai ser lançado nos próximos dois ou três anos, aquilo que eu penso agora que aquele carro vai fornecer, vai mudar nesse período, e, além disso, eu quando quero uma coisa hoje, estou convicto, mas se calhar daqui a duas semanas já não quero a mesma coisa, porque fui aprendendo. Portanto, a melhor maneira de garantirmos que não passamos seis meses a escrever um documento daquilo que nós queremos, que passado um dia já está desatualizado, é ir fazendo pequenas informações, pequenas decisões, que vão sendo sempre alinhadas com aquilo que é a realidade de hoje e o dia a dia dos nossos parceiros”, terminou Bruno Coelho.