O dia 14 de fevereiro assinala o Dia Nacional do Doente Coronário, data esta instituída pela Fundação Portuguesa de Cardiologia para relembrar a população em geral para a problemática da doença coronária e dos fatores de risco que estão na sua génese.
A doença das artérias coronárias é responsável por um grande número de mortes e hospitalizações em Portugal, estando intimamente relacionada com a elevada prevalência de hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolémia, obesidade e tabagismo na população. Todos estes fatores de risco interagem entre si para promoverem o processo de aterosclerose que leva à obstrução das artérias coronárias, aumentando assim o risco de angina de peito e de enfarte agudo do miocárdio. Trata-se de uma doença crónica progressiva ao longo da vida, pontuada por agudizações que podem ser fatais.
O processo de aterosclerose não é específico da doença coronária sendo partilhado com patologias como o acidente vascular cerebral, doença arterial periférica e a doença renal crónica, por exemplo. Assim, se sofre de uma ou mais destas patologias encontra-se em risco de doença coronária e deve consultar o seu médico para saber como se proteger.
De facto, o controlo dos fatores de risco na população em geral, visando os alvos preconizados pelas linhas orientadoras nacionais e internacionais, permite reduções significativas na morbimortalidade por doença coronária.
Olhando a doença coronária de outra perspetiva, importa não esquecer que esta constitui um dos principais fatores de risco para insuficiência cardíaca, um verdadeiro problema de saúde pública em Portugal. A insuficiência cardíaca constitui a principal causa de internamento acima dos 65 anos, tem uma sobrevida estimada de 50% a 5 anos e é responsável por elevados custos em saúde, nomeadamente em internamentos.
Proteger o seu coração começa por si.
Informe-se sobre o que é a doença coronária, quais os sintomas e quando pedir ajuda, nomeadamente através da linha 112. Lembre-se ainda que há muito que está nas suas mãos para proteger o seu coração. A adoção de um estilo de vida mais saudável, evitando o tabagismo, com prática de exercício físico regular e com uma dieta variada pobre em sal e gorduras, bem como adesão aos fármacos prescritos pelo seu médico poderão fazer a diferença. Não falte às suas consultas e prepare-as levando consigo toda a medicação que se encontra a fazer.