NO PRÓXIMO DOMINGO HÁ CONVÍVIO POLICIÁRIO EM SINTRA

No próximo domingo, 25 de maio, a partir das 12h30, tem lugar a realização do Convívio Policiário de entrega dos prémios do concurso de contos “Um Caso Policial no Natal”, no sítio do costume, ou seja, no restaurante Sabores de Sintra, sito na rua 1º de dezembro, 16/18, São Pedro de Sintra, local habitual dos derradeiros Almoços e Convívios da Tertúlia Policiária da Liberdade.

            Enquanto não chega esse dia, as nossas atenções estão fundamentalmente voltadas para o Torneio do Centenário de “Mistério… Policiário”, histórica secção orientada por Sete de Espadas na revista de Banda Desenhada “Mundo de Aventuras”, um verdadeiro farol da atividade policiária das décadas 1970 e 1980, que tem neste momento em curso a sua 5ª prova, que pode ser acedida através do blogue Local do Crime (localdocrime.blogspot.com), e cujas propostas de solução devem ser enviadas até à última badalada do dia 31 de maio para salvadorsantos949@gmail.com.

E por aqui voltamos a recordar um dos vários problemas que integraram o I Grande Torneio da secção “Mistério…Policiário”, de que estamos a celebrar o cinquentenário do seu nascimento.

 

Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras

I Grande Torneio

UM TROVÃO FORTE FEZ VIBRAR A CASA…

            de Camarada X

FERNANDES

É o milionário, assassinado. Homem solteiro que vivia na companhia de um filho adotivo…

CARLOS

O filho adotivo do milionário. Passa o tempo nos bares e outros locais, gastando largas somas com os amigos…

MORDOMO

Um homem novo e há pouco tempo ao serviço, parecendo de bom carácter…

Estava uma noite chuvosa. O inspetor Gomes lia descansadamente o jornal, junto do fogão. Lá fora a chuva continuava a cair com grande intensidade. Estava confortável, o inspetor… Porém o conforto desapareceu num instante. O telefone tocou. O sargento Gonçalves, que estava nessa noite de serviço com o inspetor, foi atender. Depois de uma breve conversa, o sargento voltou-se para o inspetor e disse:

– Chamam-nos à rua de… com urgência. Parece que houve lá um crime…

Contrariados, mas assim os chamava o dever… Saíram para a rua e entraram no automóvel. Meia hora depois estavam na morada indicada. Eram 23 horas.

Tratava-se de uma grande mansão que o milionário Fernandes conservava e nela tinha orgulho. O mordomo veio atender o inspetor e o sargento, introduzindo-os em seguida num vasto escritório onde o milionário estava prostrado com um orifício de uma bala na fronte.

– Foi um tremendo choque… a morte do senhor Fernandes. Era tão bom para mim… – dizia o mordomo visivelmente perturbado.

Carlos, o filho adotivo do milionário, que vivia com ele desde pequeno, apareceu também para prestar declarações.

– Conte-me como se deu isto! – disse o inspetor Gomes enquanto fazia sinal ao sargento para tomar apontamentos.

Foi o mordomo quem respondeu:

– Tudo aconteceu num instante. Um trovão forte fez vibrar a casa e a luz falhou… Fusíveis, pensei. Não obstante o barulho da trovoada, ouvi um tiro. Acendi uma lanterna e corri ao escritório. Vi então o patrão morto com uma bala na fronte, e uma sombra que deslizava pela janela aberta. Não pude persegui-la visto desaparecer na escuridão. Não toquei em nada. Peguei no telefone e chamei os senhores. Enquanto não chegavam fui à cave consertar os fusíveis e a luz voltou. Foi um alívio para mim a chegada do senhor Carlos, logo a seguir…

Carlos afirmou:

– Não estive esta noite em casa. Fui para o bar com os amigos e só voltei há momentos, um pouco antes do senhor inspetor chegar. Só então dei conta do que se tinha passado… Não compreendo quem teria matado o meu protetor… Não tinha inimigos…

O inspetor Gomes examinou o cadáver. Tudo parecia confirmar o que dissera o mordomo. Não havia sinais de luta e a janela estava aberta…

– Não há mais ninguém a viver cá em casa? – perguntou o inspetor.

– Há uma criada e a cozinheira, mas hoje foram ao cinema com os namorados… – respondeu o mordomo.

– Não toquem em nada!… Vou mandar tirar as impressões digitais… – disse o inspetor Gomes, consultando o rico relógio elétrico colocado na parede do escritório, que marcava vinte e três horas e trinta minutos.

O inspetor Gomes e o sargento Gonçalves despediram-se.

O inspetor ia já mergulhado nos seus pensamentos. O sargento falava:

– Acho, inspetor, que estamos a enfrentar um caso intrincado… Não há nada… Só a janela aberta e isso não chega… a não ser que, ao saltar, o assassino tenha lá deixado as impressões digitais…

O inspetor Gomes pára bruscamente, e exclama:

– Pelo contrário… Não sei como não tinha pensado nisso antes… Não podemos deixar assim à solta o assassino do milionário… Vamos prender…

1 – O inspetor prendeu quem?

2 – Porquê?

                                               ………… /// ……………

 

O nosso desafio é que os nossos leitores e seguidores leiam com a devida atenção o enunciado do problema, não dispensando as releituras que as dúvidas suscitadas reclamem, de modo que o decifrem com absoluto sucesso antes de se publicar a solução do concorrente Big-Ben, escolhida entre as demais soluções propostas então pelos que responderam com total acerto.

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