Decorreu, no passado dia 23 de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de construção do saneamento básico da frente mar da cidade da Ribeira Grande.
Esta obra, orçada em cerca de dois milhões de euros, já arrancou no passado dia 7 de junho, e para Alexandre Gaudêncio reveste-se de grande importância ambiental já que visa, sobretudo, transportar o saneamento básico da zona nascente da cidade para a zona poente. A empreitada inclui ainda a construção de uma ponte que ligará as duas margens da ribeira.
“Esta obra vai dar uma nova dinâmica à zona do Monte Verde. Vai potenciar toda a frente marítima e servir de alavanca para novos investimentos numa zona que tem tudo para crescer”, afirmou o autarca acrescentando que estão já previstos mais melhoramentos para o futuro.
“Além de prever a questão do tratamento das águas residuais, através da construção de uma ETAR compacta na foz da ribeira, já temos em nosso poder um estudo que poderá ligar tudo o que é águas residuais do centro da cidade para a ETAR de Rabo de Peixe. Isto porque anteriormente, havia uma visão de se construir uma ETAR na cidade da Ribeira Grande, o que julgamos que não faz sentido, uma vez que estamos em franca expansão urbanística e de investimento. É nossa convicção que se mandar tudo o que é águas residuais para a ETAR de Rabo de Peixe pode haver essa projeção que pretendemos em território potencial e a ETAR de Rabo de Peixe tem capacidade ainda de receber muito mais”.
Contudo, Alexandre Gaudêncio destaca também o simbolismo e importância desta obra básica, mas há muito desejada, principalmente numa altura em que o turismo prolifera na região.
“Se calhar, esta é uma das obras mais importantes não só deste mandato mas dos últimos anos. Estamos a falar do início da requalificação urbana que pretendemos na zona litoral da cidade num projeto que já se fala desde 1981, pelo menos, em que já se dizia que a Ribeira Grande estava de costas viradas para o mar. E é curioso ver que passados mais de 35 anos, finalmente, vamos dar início a essa intervenção e virar, em definitivo, a Ribeira Grande para o mar”.
A obra, que tem um prazo de execução de 12 meses, resolve também os problemas relacionados com a falésia que estava que a regredir devido à erosão marítima e que ameaçava a segurança e permitirá a valorização de uma praia muito procurada.