A produção de azeite foi, durante muitos anos, uma das culturas anuais que fazia parte da economia familiar em Pincães, no concelho de Montalegre.
O lagar comunitário transformou a azeitona no mais puro azeite. Tiago Gonçalves, presidente da Associação Dinamizadora dos Interesses dos Compartes de Baldios de Pincães (ADICBP), explicou que a associação desenvolve esta demonstração “há três anos consecutivos” e que tem vindo a aperfeiçoar “cada edição”.
O presidente da ADICBP esclareceu que a azeitona “esteve a ser tratada durante cerca de dois meses” e depois seguiu para o engenho onde foi transformada numa pasta, sendo posteriormente enseirada e prensada para que, no final, pudesse ser extraído o azeite. Este processo é complexo, exige alguma perícia, muito conhecimento e envolve um conjunto de meios incorporados no lagar.
David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, considerou que se trata de “uma produção singular daquela zona”, que “foge à matriz cultural do Alto Barroso”. O azeite é, para o autarca, um produto nobre que no passado “fechava um ciclo alimentar e agrário de auto subsistência familiar” e que, atualmente, é “um cartaz turístico de excelência e uma marca que deve ser explorada”.
Márcio Azevedo, presidente da Junta de Freguesia de Cabril, disse que a população mostra “entusiasmo no regresso às origens” e que esta “é uma atividade que se afirma no cartaz cultural”, porque “era uma produção com grande relevo na economia familiar”.