PRESÉPIO FIGURATIVO DA ACHADINHA FOI VISITADO POR 3500 PESSOAS

Depois de ter sido inaugurado a 8 de dezembro, o Presépio Figurativo da Achadinha, no Nordeste, encerrou, no passado dia 5 de fevereiro, com um programa recheado de animação para as crianças e os mais crescidos. Revelando que a 8ª edição desta iniciativa foi um sucesso, António José Medeiros, presidente da Junta de Freguesia, ressaltou que o certame foi visitado por 3500 pessoas, oriundas de vários concelhos da Ilha de São Miguel e até além-fronteiras.

 

A 8ª edição do Presépio Figurativo da Achadinha, no Nordeste, da autoria do artesão José Medeiros, foi inaugurada a 8 de dezembro, na Casa Paroquial. Promovida pela Junta de Freguesia, esta iniciativa atrai, anualmente, milhares de pessoas a este território e expõe todas as casas, bem como pormenores e sítios emblemáticos da localidade. “Eu sempre fui artista e artesão e fiz a freguesia em ponto pequenino. Demorei sete anos a construir o presépio em madeira, onde está recriada toda a localidade, ao mais ínfimo pormenor e sempre que aparece algo novo, eu faço de imediato. A montagem também é morosa, pois demora um mês e meio, uma vez que foi tudo feito pelas minhas mãos, não há mais ninguém que faça isto, para desmontar demora uma semana”, revelou o autor.

A sessão de encerramento da 8ª edição deste presépio decorreu no passado dia 5 de fevereiro e contou com a presença de Sara Sousa, vereadora da Câmara Municipal do Nordeste, de uma comitiva gaiense, composta por Rui e Odete Caldeira, proprietários da Quinta da Boucinha, Joaquim e Celestina Leite, proprietários da Ciclocoimbrões, assim como de António e Rosa Domingues, e da equipa do Jornal AUDIÊNCIA.

Por conseguinte, a tarde foi repleta de animação, tanto para os graúdos, como para os mais pequenos, com pula-pulas, pipocas e algodão-doce, o sorteio dos bilhetes das entradas para o Presépio Figurativo da Achadinha, que premiou 27 visitantes, e o momento musical, protagonizado pelo grupo Pedro & Cátia.

O ambiente era de festa e, entre saltos, danças e gargalhadas, António José Medeiros, presidente da Junta de Freguesia de Achadinha, realçou, em exclusivo ao AUDIÊNCIA, que “foi mais uma edição concretizada e, felizmente, este ano, batemos o recorde de entradas, pois estiveram muitas instituições e Juntas de Freguesia, o que foi muito gratificante. Vieram muitas pessoas de várias partes da Ilha de São Miguel, aliás esteve cá a Câmara da Lagoa com 350 pessoas, e até além-fronteiras. No total visitaram este presépio 3500 pessoas”.

Para além da divulgação das tradições desta localidade, este evento visa, igualmente, a promoção do comércio local. “O objetivo é, também, promover a economia, uma vez que os visitantes acabam por consumir nos nossos restaurantes e lojas. Este ano, junto ao presépio, também tivemos um mercado de Natal, com peças e produtos artesanais, confecionados à mão, por uma artesã local”, sublinhou o edil.

A vereadora da Câmara Municipal do Nordeste, Sara Sousa, também fez questão de marcar presença no encerramento deste presépio e de assegurar, ao AUDIÊNCIA, que o mesmo “já faz parte dos roteiros da Ilha de São Miguel, pois é visitado por muitas pessoas, tanto do concelho, como de fora dele. O presépio leva longe não só o nome da Achadinha, mas também do município e isso é bom para a freguesia e para o nosso concelho, por isso contará sempre com o nosso apoio, na medida do possível”.

Enfatizando que o Presépio Figurativo da Freguesia de Achadinha não deve parar, o autarca frisou a importância desta “iniciativa para a localidade e de dar continuidade à mesma, porque já atingiu uma dimensão fora da própria freguesia e da ilha. Atualmente as pessoas estão sempre atentas às imagens, pelo que nós tentamos sempre inovar e, este ano, acrescentamos a equipa de futebol, a banda da música e até temos carrinhas de empresas a fazer publicidade, mas, para o ano, já estamos a pensar fazer de uma forma diferente”.

A pensar na próxima edição, António José Medeiros adiantou que, entre outras surpresas, “estamos à espera de uma reunião com a Comissão Fabriqueira, mas estamos a pensar em fazer alterações, que contemplam elevar o piso à altura do presépio, tornando-o mais acessível às pessoas, mesmo com mobilidade reduzida”.

Repleto de sonhos e anseios, o presidente da Junta de Freguesia de Achadinha admitiu, ainda, que “gostava de fazer muito, mas estou no meu último mandato e sairei de consciência tranquila, porque se não fiz mais, foi porque não pude ou não me deram oportunidade. Neste momento, nós estamos a recuperar um moinho e vamos começar a fazer, ainda este ano, o parque infantil, pois a freguesia não tem nenhum. Também, temos a esperança do Governo começar a fazer 15 casas, num loteamento, porque a questão da habitação é uma preocupação nossa, tal como a do emprego. Porém, espero conseguir fazer mais ainda, para além dos projetos que temos idealizados, até ao final do mandato”.