Em todo o mundo civilizado, a prática da Medicina é uma actividade cada vez mais exigente, que apela aos seus profissionais para uma entrega pessoal cada vez mais rigorosa e eficiente. Ainda assim, independentemente da dedicação e do rigor exigidos, há aspectos do dia-a-dia que nos alegram e nos fazem acreditar num futuro melhor, graças à excelência de alguns dos nossos especialistas, possuidores de pergaminhos que lhes permitem ombrear com os melhores. A esse propósito, não resisti a abordar aqui o perfil de um clínico gaiense, nascido em Arcozelo e possuidor de enorme valor cientifico e profissional, que integra (e dirige) o Centro Hospitalar de VN Gaia/Espinho, que é o Professor Doutor Horácio Costa. Filho de um antigo profissional do FC Porto – Monteiro da Costa – cuja equipa chegou a capitanear entre as décadas de 50 e 60, ao lado de outra grande figura da colectividade portuense, o igualmente saudoso José Maria Pedroto, com quem cheguei a privar, no tempo em que orientava o Vitória de Guimarães, coadjuvado pelo também ex-portuense, António Morais.
O clínico em apreço, por quem o Dr. Jerónimo da Conceição Augusto ainda hoje nutre respeitável consideração, foi doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo-se especializado posteriormente em Cirurgia Plástica, Maxilofacial e Microcirurgia. Foi também fundador do Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do CHVNG/E (Centro Hospitalar de VN Gaia/Espinho), lecionando também no ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), como Professor Catedrático. Além disso, o Doutor Horácio Costa também foi Membro de diversas instituições honoríficas nacionais e estrangeiras, entre as quais o Comité Executivo da “European Society Plastic Resconstructive and Athletic Surgery”. Além disso, o Doutor Horácio Costa é também autor de várias publicações em revistas nacionais e estrangeiras, coordenando o Mestrado de Cirurgia Geral do Instituto de Ciências e Saúde Mental do Norte. De entre as diversas intervenções delicadas com que se confrontou, tal como todos os elementos da sua equipa, figuram a reconstrução da mandíbula efectuada a várias crianças portuguesas, para além da reimplantação de uma mão decepada, cujas intervenções decorreram com sucesso absoluto, “do qual bem podemos orgulhar-nos”.