Foi inaugurada na passada sexta-feira, 21 de abril, no Teatro Ribeiragrandense, a exposição de laços da campanha “Laço Azul”, promovida pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Ribeira Grande, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância e Juuventude.
Já no dia 28, a partir das 10h, terá lugar uma marcha subordinada ao mesmo tema que percorrerá a rua Direita da Ribeira Grande, iniciando-se junto ao Museu Vivo do Franciscanismo e terminando nos Paços do Concelho.
Neste momento, serão entregues pelo presidente da autarquia, Alexandre Gaudêncio, os prémios relativos aos três laços mais originais desenvolvidos pelas crianças do concelho.
A Campanha do Laço Azul (Blue Ribbon) iniciou-se em 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, quando uma avó, Bonnie W. Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”.
A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos” foi trágica e sobre os maus-tratos à sua neta, os quais já tinham morto o seu neto de forma brutal por espancamento pela mãe e namorado.
E porquê azul? Porque apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul, que simboliza a cor das lesões, servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
Esta história demonstra como o efeito da preocupação de um único cidadão pode ter no despertar das consciências do público em geral relativamente aos maus-tratos contra as crianças, na prevenção e na promoção e proteção dos seus direitos.