O aumento de anúncios de venda de veículos usados em plataformas virtuais e nas redes sociais, aliado à maior facilidade de acesso ao crédito, exigem maiores cuidados na compra e uma fiscalização mais apertada deste comércio. Os carros em segunda mão podem ser um bom negócio, se existir total transparência desde o anúncio até à compra.
Frequentemente existe falta de correspondência entre o vendedor anunciante nos anúncios online e o vendedor real. Essa divergência causa uma permanente confusão para o consumidor e tem consequências diretas nos seus direitos. As vendas entre particulares não estão abrangidas pela garantia legal, mas quando realizadas por um profissional do sector automóvel, sim!
Na compra de um carro usado, o consumidor tem direito a garantia de 2 anos, ainda que a mesma possa ser reduzida legalmente a um ano, se este o aceitar por escrito, sendo esta já uma prática generalizada no mercado português.
Porém, chegam à DECO denúncias de casos manifestamente ilegais em que se faz depender a vigência da garantia de um carro usado a determinados componentes, como é o caso do motor e caixa de velocidades.
Outros exemplos de ilegalidades neste negócio de veículos a “bom preço” são a exclusão total da garantia ou a sua redução a apenas 6 meses. São ainda conhecidos casos em que é transmitido ao consumidor que terá de pagar para beneficiar da garantia que a própria lei lhe confere, afastando-se o vendedor da sua responsabilidade.
A DECO condena estas práticas ilegais que afetam os interesses económicos dos consumidores, denunciando à entidade fiscalizadora todas as situações que sejam do nosso conhecimento.
Estamos perto de si, para informar, denunciar, apoiar e mediar os conflitos de consumo de todos os consumidores que se encontrem nestas circunstâncias.
Para mais informações, dirija-se à DECO Norte na Rua da Torrinha, 228H, 5º, 4050-610 Porto ou através do e-mail deco.norte@deco.pt