Tomás Pires de Lima, velejador que representa o matosinhense Clube de Vela Atlântico, de Leça da Palmeira, sagrou-se vencedor da PAN – Prova de Apuramento Nacional da classe “Laser Standard”, disputada nas águas de Leixões, sob os efeitos de um vento bastante fraco que acabou por inviabilizar metade das seis regatas programadas.
Ainda assim, o laserista do CVA dominou a prova por completo, impondo-se em cada uma das três regatas, numa performance que lhe permitiu ascender isolado ao primeiro patamar do pódio, com apenas três pontos de penalização.
Os restantes lugares do pódio pertenceram a Manuel Rosa, do Clube da Boca da Barra, de Ilhavo, que foi segundo com oito pontos, os mesmos que somou o consagrado “timoneiro” do Clube Naval Povoense, Serafim Gonçalves, há quase duas décadas ininterruptas a defender as cores do clube poveiro, com apoio da Bicasco.
Mas este evento náutico não corporizou plenamente uma iniciativa de grande prenúncio para a modalidade, sobretudo pela escassa participação que registou, porque, segundo nos disseram, «faltam incentivos para que aqueles que gostam verdadeiramente da vela possam aderir a este tipo de provas sem que haja entraves de âmbito organizativo, ainda mais tratando-se de eventos com a designação de nacional».
Chegou a hora das instituições ligadas à modalidade encararem o problema a sério e tentarem perceber as verdadeiras razões de tal divórcio. Dado que, entre nós, a vela tem um prestígio a defender, importa aliciar de forma positiva os praticantes de tão bela e salutar modalidade.