Depois de três anos de interregno, Vilar de Andorinho voltou a recuar até à idade média. Promovida pela Junta de Freguesia, a 15ª edição da Vilar Medieval regressou, entre os passados dias 8 e 11 de junho, à Quinta Condes de Paço Vitorino, com inúmeros espetáculos de cavaleiros, danças medievais e encenações teatrais, atraindo milhares de pessoas. Além da animação e do artesanato, os visitantes tiveram a oportunidade de se deliciar nas barraquinhas gastronómicas que estiveram presentes neste evento que, segundo o autarca Serafim Teixeira, foi um sucesso.
A 15ª edição da Vilar Medieval foi promovida pela Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia e assinalou o regresso desta iniciativa, que decorreu entre os passados dias 8 e 11 de junho, na Quinta Condes de Paço Vitorino, depois de três anos em que o evento não se concretizou, devido à pandemia da Covid-19. “A Vilar Medieval regressou em força e é uma mais-valia Vila Nova de Gaia, assim como para a população de Vilar de Andorinho, não só porque vêm muitas pessoas de fora da freguesia e do concelho, mas também porque é um evento de encontro e de partilha entre as famílias. Nós tivemos a pandemia, ainda temos a guerra e isto transtornou muito as pessoas, pois nota-se que têm uma enorme necessidade de sair e de conviver e este evento transmite algo de diferente e positivo, através de um imaginário transcendente, que veem muitas vezes nos filmes e nos livros e que, aqui, se torna realidade”, asseverou Serafim Teixeira, presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA.
Assim, ao longo de quatro dias, todos os que visitaram este evento tiveram a oportunidade de assistir aos espetáculos de cavaleiros, torneios, apresentações de danças orientais, protagonizadas pelo Projeto Alquimia e pelo grupo MD5, alvoradas medievais, S. Tiago a Rufar, abertura do Paço Assombrado, contenda Padre Andorinho, quotidianos religiosos, representados pelo grupo Ofícios com História e o cortejo, que proporcionaram momentos de diversão, revivendo os encantos e mistérios da época. A ceia medieval, que aconteceu no dia 10 de maio, foi um dos pontos altos do certame e contou com a presença de João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Cipriano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Avintes, Jorge Pacheco, em representação da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, e Paulo Lopes, presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada. Paralelamente, os participantes também se deliciaram no mercado, onde estiveram presentes cerca de 20 tabernas de comes e bebes, assim como de artesanato. “Estou muito orgulhoso pelo trabalho que foi desenvolvido, com muitas dificuldades, e muito esforço. Também estou muito satisfeito com a adesão das pessoas a este evento, o que denota que entendem que esta não é uma feira qualquer, no qual houve toda uma dinâmica, que fez com que existissem sempre muitas atividades, divertimentos e espetáculos, como as recriações das lendas de Gaia e de Vilar de Andorinho”, enalteceu o edil.
Assegurando que esta iniciativa foi uma oportunidade de celebrar a história e a cultura, promovendo o turismo local e o orgulho da comunidade, o presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho garantiu que “o balanço só pode ser extremamente positivo, pois foi, verdadeiramente, uma lição, principalmente, para os mais novos, pois tentamos recriar a época da forma mais fidedigna possível. Depois do nosso empenho, foi muito reconfortante ver, realmente, que a população aderiu em massa. Passaram muitos milhares de pessoas pela Quinta Condes de Paço Vitorino, que desfrutaram da Vilar Medieval”.
Também Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, fez questão de marcar presença na 15ª edição do certame, parabenizando os participantes e a organização e evidenciando que “celebra-se a bravura e o encanto dos tempos medievais. É a XV edição da Vilar Medieval, um evento icónico, que transporta todos os visitantes numa enriquecedora viagem no tempo, onde não falta história, tradição e gastronomia. Quatro dias positivamente dos séculos passados e uma ponte firme para o futuro de um evento lúdico e pedagógico”.
Depois do mergulho no passado, repleto de história e entretenimento, Serafim Teixeira fez questão de garantir que esta iniciativa “será para continuar, apesar das dificuldades, pois este tipo de atividade já alcançou patamar tão grande, que precisava de outra transformação e de uma estrutura maior. Porém, nós continuamos a ser uma Junta de Freguesia limitada, ao nível de recursos, o que também nos prejudica, porque os custos aumentaram estrondosamente, o que complica a nossa situação, porque não podemos extravasar o plafond que temos destinado à nossa atividade”.