11º ESTÁGIO D’OURO FOI DIRIGIDO PELO MAESTRO JAN COBER

O 11º Estágio D’Ouro começou no passado dia 29 de julho e terminou a 3 de agosto, aquando da realização do concerto de encerramento, que foi dirigido pelo mastro Jan Cober e decorreu na Casa da Música.

O Estágio D’Ouro nasceu da vontade dos irmãos e jovens músicos da Sociedade Filarmónica de Crestuma, Joana e Tiago Oliveira, e dirige-se a instrumentistas de sopro e percussão que procurem desenvolver as suas capacidades ao nível do instrumento e da música de câmara.

Segundo a Sociedade Filarmónica de Crestuma, este é o primeiro e o único projeto do género em Crestuma e em Vila Nova de Gaia e pretende contribuir para a criação de hábitos de estudo, motivar a evolução dos músicos na aprendizagem, e partilhar experiências individuais e coletivas.

Joana Oliveira, maestrina da Sociedade Filarmónica de Crestuma, afirmou ao AUDIÊNCIA que o 11º Estágio D’Ouro “juntou jovens músicos de Portugal, mas também juntou músicos oriundos de outros países, que estiveram cá durante uma semana a aperfeiçoar o seu nível instrumental com maestros de renome e este ano, em especial, com o maestro Jan Cober” e salientou que “não é só importante para a Sociedade Filarmónica de Crestuma, mas também para todas as bandas de Gaia, visto que todos os elementos das outras bandas podem e devem participar cada vez mais, porque, de certa forma, acabamos também por fazer evoluir as bandas de Gaia musicalmente”.

Esta edição contou com a participação de 94 músicos, entre os quais alunos da Academia de Música de Costa Cabral, da Academia de Música José Atalaya, da Academia de Música de Vilar do Paraíso, da Academia do Orfeão de Ovar, do Centro Cultural de Amarante, do Conservatório de Música de Coimbra, do Conservatório de Música de Paredes, do Conservatório de Música do Porto, do Curso de Música Silva Monteiro, do Conservatorium Maastricht, do Conservatório do Vale do Sousa, da Escola de Música de Perosinho, da Escola Profissional de Artes Performativas da Jobra, da Escola Profissional de Música de Espinho, da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, da Escola Superior de Música de Lisboa, da Fundação Conservatório Regional de Gaia, da Universidade de Aveiro e da Universidade do Minho, e membros de diversas bandas filarmónicas, mais especificamente da Associação Cultural e Musical de Avintes, da Associação Musical de Freamunde, da Associação Recreativa e Musical de Vilela, da Banda Bingre Canelense, da Banda de Golães, da Banda de Música da Cidade de Espinho, da Banda de Música da Lixa, da Banda de Música da Trofa, da Banda de Música de Moreira da Maia, da Banda de Música de São João da Madeira, da Banda do Cercal, da Banda Filarmónica Ovarense, da Banda Marcial de Ancede, da Banda Marcial de Fermentelos, da Banda Marcial Ribeiradiense, da Banda Musical de Amarante, da Banda Musical de Fajões, da Banda Musical de Gondomar, da Banda Musical de Lagares, da Banda Musical de Melres, da Banda Musical de São Martinho do Campo, da Banda Musical de Souto, da Banda Musical Leverense, da Banda Sinfónica de Ovar, da Banda União Musical Paramense, da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense, da Filarmónica Mirandense, da Sociedade Artística Banda de Vale de Cambra, da Sociedade Filarmónica Cucujanense, da Sociedade Filarmónica de Crestuma, da Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense, da Sociedade Musical 1º de Agosto, e da Sociedade Musical 2 de Fevereiro – Banda de Santar.

Joana Oliveira enalteceu ainda, a propósito da presença do maestro Jan Cober nesta edição, que “é para mim uma grande honra ter cá um dos maiores maestros a nível mundial, mas também é para mim muito especial, porque o Jan Cober é meu professor de direção e então fazia todo o sentido trazê-lo cá, precisamente, no ano em que faz 25 anos da sua primeira vinda a Portugal”.

Jan Cober esteve pela primeira vez em Portugal em 1994, há precisamente 25 anos, para dirigir um estágio de verão intitulado “Orquestra de Sopros de Jovens Músicos”, que foi organizado por Rodolfo Campos e António Baptista. Do elenco da Orquestra de Sopros de Jovens Músicos constam nomes que são uma referência no panorama musical nacional e internacional, sendo que quatro deles serão os orientadores da 11ª edição do Estágio D’Ouro, nomeadamente Herlander Sousa, Tiago Abrantes, Luís Granjo e Fátima Juvandes.

“O Estágio D’Ouro reúne jovens estudantes que procuram ser melhores na música. A organização e a ideia são muito boas, porque não se trata apenas de música, mas também da educação dos jovens, que se mantêm juntos como grupo e não como individuais. A música é um desafio para eles, mas também é uma forma de fazerem amigos, de fazerem algo em conjunto. O significado da música não é apenas tocar melhor e fazer mais, é a amizade entre as pessoas, porque a música une as pessoas. A troca de ideias e de pensamentos entre os jovens de vários pontos do mundo é algo único e fantástico”, sublinhou ao AUDIÊNCIA o maestro Jan Cober, acrescentando que “eu tenho de dizer que foi tudo muito bem organizado. Todos os que trabalham aqui têm feito um trabalho fantástico ao longo dos anos. Este é um local fantástico, que tem uma atmosfera onde a música consegue existir. A hospitalidade é fantástica, é inacreditável”.

O 11º Estágio D’Ouro culminou com a realização do concerto de encerramento, que decorreu no passado dia 3 de agosto, na Casa da Música.

O maestro Jan Cober garantiu que “os jovens trabalharam arduamente ao longo da última semana. Esta não é uma orquestra que trabalha ao longo do ano e demora tempo. Mas o público assistiu a um programa espetacular, que contemplou a interpretação das peças «Angels in the Arquitecture», de Frank Ticheli; «Fantasia for Alto Saxophone», de Claude T. Smith; «Saga Candida», de Bert Appermont; «An American in Paris», de George Gershwin; e «Glenn Meets Wolfgang», de Jef Penders, que são peças espetaculares e não são fáceis”.

Por sua vez, Joana Oliveira assegurou que o público assistiu “a um espetáculo bastante consistente, com obras de estilos diferentes e eu acho que ficou logo cativado desde a primeira peça até à última, também pela energia do mastro, mas também pela forma como os músicos de preparam e motivaram para o concerto”.