Com apenas 23 anos de idade, a Trofa lutou muito até a sua autonomia administrativa ser uma realidade, a 19 de novembro de 1998. Uma data, que se tornou histórica e é celebrada, anualmente, por toda a população.
Contudo, apesar de ser um concelho recente, o percurso deste concelho é longo. O seu povoamento remonta a milhares de anos atrás, facto que pode ser comprovado pelos 34 machados de bronze, encontrados em São Martinho de Bougado e que hoje, estão, na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, ou pelo emblemático Castro de Alvarelhos, classificado como monumento nacional desde 1910. Este povoado fortificado veio a adquirir grande importância quando, depois de conquistada a Península Ibérica, a administração romana decidiu construir aquele que se manteve até hoje como um dos eixos estruturantes do território da Trofa – a estrada que liga o Porto a Braga (Cale a Bracara Augusta).
Localizada num vasto território, a Trofa foi, ao longo de mais de 160 anos, administrativamente dividida entre os concelhos da Maia, Vila do Conde e Santo Tirso e, finalmente, da Trofa.
Os trofenses nunca aceitaram a decisão administrativa traçada a régua e esquadro no Terreiro do Paço, em 1935 e, apesar de crescer graças à iniciativa privada, a Trofa continuava com falta de estruturas e infraestruturas indispensáveis, pelo que, após o 25 de Abril acabou por ser criada uma Comissão Promotora do Concelho da Trofa, formada por treze pessoas, que iniciou todo o processo e o conduziu à meta desejada e que, após muita luta, conseguiu elevar a Trofa a vila em 1984 e a cidade em 1993, tornando-se município autónomo em 1998, em simultâneo com Odivelas.
Assim, desde 1998, o concelho da Trofa possui órgãos municipais próprios, com autonomia administrativa e financeira, atribuições e competências, assumindo-se como sendo um município solidário, que trabalha pelo bem-estar da população, pela modernização, requalificação urbana, sustentabilidade, defesa do património, assim como pela preservação da sua identidade.
Sob os desígnios de Sérgio Humberto, que cumpre o seu terceiro e último mandato, a Trofa é, atualmente, um município de referência na região e no país e tem apostado no desenvolvimento empresarial e na constante melhoria da qualidade de vida da população.
Com o edifício dos Paços do Concelho quase a tornarem-se uma realidade, este município deixará de ser o único do país sem um símbolo da administração local, o que representará mais uma vitória para este território.