É este o recado que Lisete Moniz, proprietária do espaço Jardim da Alegria, deixa a todos os leitores. Situado no Mercado Municipal da Ribeira Grande, na Rua da Estrela, o Jardim da Alegria foi o responsável pelas flores distribuídas aos premiados da XIII Gala AUDIÊNCIA.
Há seis anos no Mercado Municipal da Ribeira Grande, a florista Jardim da Alegria tenta levar alegria a todos os que por ali passam e compram uma flor. “Nós tentamos que as flores deem alegria às pessoas, embora haja casos em que não é possível, como nas partidas que são sempre uma despedida, mas tentamos sempre, dentro do possível”, afirma a proprietária do espaço, Lisete Moniz.
Começou nesta atividade há 12 anos, no jardim da Ribeira Grande, e foi daí que surgiu o nome para o espaço. “Foi precisamente por isso, tínhamos o jardim à frente e a alegria cá dentro. E foi a realização de um sonho porque eu trabalhava no mercado de vendas, mas não era com flores, só que sempre gostei muito de flores. Lutei e depois de 20 anos consegui abrir o meu negócio”, afirma a proprietária.
Há seis anos, o Jardim da Alegria passou para o mercado municipal, local que irá, em breve, ser alvo de obras de reestruturação, algo que Lisete Moniz espera que aconteça para que possa ter “um espaço mais apelativo”.
“Estamos à espera disso mesmo até porque no inverno aqui é muito frio. As pessoas que sobrevivem aqui é porque tem mesmo de ser. O nosso presidente diz que está tudo em andamento, vamos ver se é este ano”.
Apesar de trabalhar sozinha, Lisete Moniz garante que dá conta do recado, embora peça ajuda em certas ocasiões, como no Dia da Mãe ou no Dia dos Namorados, a um rapaz que colabora com ela para que possam ser realizados todos os pedidos, já que a proprietária do Jardim da Alegria faz também arranjos em andores e igrejas. “Com boa vontade e organização tudo se faz”, confessa.
Também brevemente, no final de abril, decorrerá mais uma edição da Festa da Flor, altura em que o trabalho do Jardim da Alegria aumenta exponencialmente e Lisete Moniz admite mesmo que tem sentido, de ano para ano, que a festa é cada vez mais exigente. “A Festa da Flor, de ano para ano, tem sido mais produtiva, sinto diferenças porque temos o trabalho de arranjar o jardim, fazer uns arranjos diferentes, e todas as freguesias também costumam colaborar com um carro alegórico, por isso, nessa altura, vendemos muitas mais flores. Além disso, é uma festa muito bonita que acho que deve continuar”, afirma a proprietária.
Recentemente, o Jardim da Alegria teve também um pedido diferente. Arranjar uma flor para cada distinguido da XIII Gala AUDIÊNCIA, algo que Lisete Moniz admite ter sido um orgulho já que as suas flores acabaram não só por ser distribuídas por personalidades da Ribeira Grande mas também do Porto, Trofa, Vila Nova de Gaia e até Inglaterra.
“As flores são sempre um símbolo de agradecimento, de alegria, mais que não seja pela atitude. Por isso fico feliz por terem sido as minhas flores a serem entregues na Gala. É como costumo dizer, sejam felizes e comprem flores”.
Ao AUDIÊNCIA, Lisete Moniz contou ainda algumas das peripécias destes 12 anos no ramo das flores. “Há vários episódios, desde as noivas muito stressadas, que se tenta sempre controlar a situação, até episódios tristes em que eu própria faço os ramos a chorar, ainda recentemente aconteceu por causa dos miúdos da Maia, que eram praticamente da idade do meu filho, e pomo-nos naquela situação e as próprias pessoas é que acabam por nos dar apoio. Há muitas histórias, as flores têm sempre grandes histórias”.
No Jardim da Alegria os clientes podem encontrar sempre flores diversas e frescas, para todas as ocasiões, desde casamentos, batizados, comunhões ou funerais. Além disso, o espaço disponibiliza também pequenos mimos, como lembranças para batizados ou comunhões, sempre necessários a qualquer altura do ano.
Embora o turismo esteja em alta na Ribeira Grande, Lisete Moniz admite que isso não se traduz muito no seu negócio, já que, mesmo que os turistas quisessem levar flores, no aeroporto seriam barradas. “Mas gostam de apreciar, inclusive, tenho pessoas com as quais fiz amizade da Holanda, porque os turistas desses países com tradição nas flores como nós procuram o espaço, mas apenas para ver. Já os ribeiragrandenses procuram conforme as suas necessidades”, explica.
Contudo, a proprietária não se queixa e admite mesmo que se sente feliz neste ramo. “Não sou de grandes ambições, prefiro viver o dia-a-dia o melhor que posso, mas quero terminar a minha vida profissional nas flores porque foi um sonho que levei 20 anos a concretizar. Se soubesse o que sei hoje, tinha até começado mais cedo. Porque é, realmente, uma profissão que gosto e se não fazemos as coisas por gosto é muito complicado, seja em que profissão for, mas nas flores é muito complicado mesmo”.
O Jardim da Alegria está aberto de segunda a sexta das 9h às 18h30, com uma pequena pausa para almoço, aos sábados das 07h30 às 18h e ao domingo das 08h às 12h.