VÍTOR MARTINS RECANDIDATA-SE A PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO OLIVEIRENSE DE SOCORROS MÚTUOS

Vítor Martins apresentou a sua recandidatura a presidente da direção da Associação Oliveirense de Socorros Mútuos e falou, em entrevista ao AUDIÊNCIA, sobre os objetivos e sobre os projetos que pretende incrementar.

Qual o comentário à convocação de eleições para os órgãos sociais da Associação Oliveirense de Socorros Mútuos e se as considera a melhor solução no momento e porquê?
O momento é o adequado visto que, nos nossos órgãos sociais, os membros do conselho fiscal renunciaram ao cargo. Considerando que os efetivos renunciaram e os suplentes não assumiram essa responsabilidade, vimo-nos forçados, de forma democrática, a pedir as eleições e este pedido de eleições, por parte desta direção, já foi pedido ao senhor presidente da Mesa da Assembleia em abril de 2019. Portanto, aguardamos, ainda, que seja marcada a respetiva data.

Qual a razão principal da disponibilidade para encabeçar uma lista à direção?
É continuar com o projeto que já leva cinco anos. Portanto, faço parte dos órgãos sociais que entraram em 2014, que entraram com o projeto de colocar em funcionamento um equipamento social, Creche e Lar Quinta dos Avós, e esse equipamento hoje está, podemos dizer, quase que em velocidade cruzeiro, mas falta ainda muito empenho e algumas situações que foram definidas na altura, logo a questão realmente é tentar fechar um processo e um ciclo e dar lugar a outros.

Quais as grandes linhas gerais do programa que a lista que lidera tem para apresentar aos sócios?
Principalmente, a recuperação de dívidas de atraso a subsídios de funeral, esse é o ponto principal que esta direção tenta lutar diariamente. Há alguns canais que estão abertos e esse fator é importante, quer a nível de financiamento de algumas instituições. O segundo aspeto seria tentar fazer crescer esta clínica e oferecer melhores serviços aos associados.

É ou não verdade que a instituição vive momentos aflitivos no campo económico e financeiro? A ser verdade como vão ser solucionados? A Associação, por si, tem condições de ultrapassar esta, eventual, debilidade?
Desde 2009, porque temos de recuar no tempo, que esta Associação depende, mensalmente, de determinadas verbas, que chegam a conta-gotas, isto porque o projeto Creche e Lar Quinta dos Avós, limpou, porque a forma é esta mesmo, todos os fundos estruturais que a Associação tinha, para fazer face a certas questões, nomeadamente os subsídios de funeral. É certo que, hoje, vivemos dias de uma gestão muito apertada, muito a rigor, e, no fundo, podemos dizer que as condições futuras são, de certa forma, mais tranquilas, porque, ano após ano, a instituição vem a recuperar de dívidas que estavam contraídas já há dez e há cinco anos. Portanto, estas amortizações tendem a diminuir, porque, automaticamente, o cash flow deixa de ser maior e passar a haver um equilíbrio financeiro, nomeadamente em 2019 foi impossibilitado a esta direção de apresentar o Relatório e Contas, portanto o senhor presidente da Assembleia entendeu que não havia condições, é uma responsabilidade que é dele, nesta altura, mas as nossas contas referentes ao exercício de 2018, pela primeira vez em dez anos, foram positivas. Portanto, compreendemos, e há pouco já o disse, que o equipamento Quinta dos Avós que, no fundo, delapidou todas as verbas que a Associação tinha, hoje começa a tentar recuperá-las, logo, vai demorar alguns anos, mas creio que a Associação consegue ultrapassar isso.

Conhecido, pela população, desde do surgimento da ideia como o “Lar da Junta de Freguesia” como encara no futuro o relacionamento entre a Associação e as autarquias (Junta de Freguesia e Câmara Municipal) relativamente à Quinta dos Avós empreendimento desta Associação?
A relação institucional com os órgãos do município, seja Câmara Municipal, seja Junta de Freguesia, tem sido de uma forma respeitosa, dentro daquilo que é o nosso dia-a-dia de vivência. Certos estamos que os apoios nunca chegaram, portanto face a determinadas instituições congéneres à nossa e até coletividades que foram presenteadas com apoios, com donativos, esta Associação, nos últimos cinco anos, não recebeu um cêntimo sequer. Portanto, achamos que as entidades que gerem o município e a freguesia a seu tempo colocarão a mão na consciência e terão que repensar o porquê da não ajuda direta.

Sendo visível uma forte divisão na Associação, no caso de vencer, qual a forma que vai encontrar para sarar as feridas?
Não existem feridas, não existem. Nós somos um grupo de associados, todos, e esta Associação é maior do que as divergências que podem haver internamente, se é que elas existem. Da parte desta direção, em exercício, bem como dos órgãos sociais que dela acompanham, não vimos com nenhum tipo de carácter de quezílias ou eventualmente de falta de ética. Achamos que, moralmente, algumas pessoas que abandonaram esta instituição, nomeadamente o candidato a presidente da direção, que fez parte da nossa direção durante quatro anos, o ano passado lembrou-se, evocando questões pessoais, que nós como pessoas de bem e amigos concordamos, renunciou ao cargo por falta de tempo. Admira-me, hoje, que se consiga candidatar e que tenha arranjado tempo, fico feliz por isso, mas em termos de quezílias não existem.

Qual a mensagem final que pretende transmitir aos sócios?
A mensagem, no fundo, passa pelo pedido de confiança que eu acho que sempre tivemos, passa por acreditarem na Associação, podem não tentar depositar toda a confiança nos seus dirigentes, deviam fazê-lo, achamos que muita gente o faz, mas, acima de tudo, têm de acreditar no projeto que é a Associação Oliveirense. Portanto, peço que estejam connosco no dia das eleições.

Nota: O candidato em questão não cedeu os nomes dos candidatos da lista proposta por os mesmos, alegadamente, não autorizarem a publicação dos seus nomes na comunicação social. Por este motivo, o AUDIÊNCIA não tem conhecimento da lista encabeçada por Vítor Martins.