GRUPO DE CANTARES CASA JUNTA CERCA DE 100 PARTICIPANTES

O Grupo de Cantares CASA Bernardo Manuel da Silveira Estrela é um dos mais relevantes grupos que participam no Cantar às Estrelas. Não só pelo número de participantes que ronda os 100, mas pela particularidade de congregar pais, crianças, familiares e colaboradores daquela instituição.

A participação do Grupo de Cantares CASA no Cantar às Estrelas começou em 2005 com um grupo “reduzido de cerca de 20 participantes”, conta-nos Lurdes Alfinete, presidente da instituição. No entanto, o número varia, sendo que anteriormente o número chegou aos 130 participantes. Este ano a conta soma cerca de 100, “mas no dia aparecem mais pessoas que se juntam à última da hora”.

“Os mais pequenos começam a participar desde o carrinho ou do marsúpio. Começam a participar desde pequeninos”, afirma Patrícia Santos, que também faz parte da direção do CASA.

Com beneficiários desde os quatro meses, desde pequenos que a tradição do Cantar às Estrelas lhes é transmitida. Como explica Lurdes Alfinete, “a parte pedagógica (integrante no plano de atividades da instituição) é trabalhada antes em todas as salas, o que nos motiva a participar. Trabalhamos valores dentro da cidadania, do desenvolvimento e das raízes históricas e culturais”.

O Cantar às Estrelas é um momento por que os mais pequenos esperam com muito agrado. Segundo a Presidente da instituição, este é um dia de “grande festa” em que as crianças “sentem-se aconchegadas não só pelo número de elementos do grupo, mas pela presença dos pais e dos amigos”, o que faz com que haja um caráter tradicional na presença do Grupo de Cantares Casa Bernardo Manuel da Silveira Estrela no Cantar às Estrelas, mas também “familiar”, capaz de unir as crianças e familiares aos colaboradores e direção do CASA. Como disse Patrícia Santos, “somos todos iguais naquele momento e é muito bom ver toda a gente despida do que quer que seja: de títulos, posições ou categorias”.

Desde os ensaios ao momento do desfile

O facto da música ser sempre a mesma ajuda à memorização a quem participa de ano para ano, seja criança ou adulto.

Para além dos mais pequenos ensaiarem nas salas de aula junto dos professores, educadores e auxiliares, faz-se também um ensaio para juntar o máximo número possível de intervenientes.

De acordo com Mónica Medeiros, vice-presidente do CASA, “normalmente são dois ensaios: informamos os pais, mandamos a letra da canção e uns dias antes do Cantar às Estrelas reunimos, tal como no próprio dia do desfile em que ensaiamos algumas vezes e sai sempre bem!”.

Para além da preparação musical, há outras atividades que antecedem o momento de homenagem a Nossa Senhora da Estrela e que já são um “símbolo de pertença ao grupo”, disse Patrícia Santos. Confecionados pelas crianças, os xailes que levam aos ombros e as capas em que colocam a letra da canção fazem também parte do envolvimento das crianças na preparação desta festividade.

Carla Saudade fala na primeira pessoa e destaca o envolvimento da filha. “Já conhece as músicas e na semana antes vai para casa a cantarolar”, diz, concluindo que “muitas vezes são as crianças que dizem aos pais para fazerem parte do dia do Cantar às Estrelas porque eles adoram”.

Esta é uma tradição que o CASA pretende manter. Não só por se manter viva uma tradição ribeiragrandense, mas também pela união gerada entre colaboradores, crianças e familiares.