A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada/Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria fez um balanço do ano de 2020, onde reforçou a importância das empresas para a manutenção de postos de trabalho. Para o ano de 2021, a direção prevê melhorias para o segundo semestre, ainda assim e face ao momento que ainda vivemos de pandemia Covid-19, acredita que os valores ficarão muito aquém do ano de 2019.
A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada/Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria, reuniu, no final do ano de 2020, e procedeu ao balanço da situação socioeconómica do ano em questão, bem como das perspetivas para 2021.
2020 começou como um ano promissor e com perspetivas ótimas, por exemplo, para a área do turismo, com muitas iniciativas e estratégias pensadas para o ano em questão, no entanto, a partir de março, sobrepôs-se a necessidade de dar respostas à situação resultante da pandemia Covid-19. A direção elogiou o esforço e resiliência que as empresas demonstraram num ano tão difícil, sendo que essas qualidades foram fundamentais para a manutenção dos postos de trabalho.
“O papel das câmaras do comércio revelou-se muito importante no acompanhamento permanente da situação, com uma intervenção constante, quer no diagnóstico quer na colaboração com as entidades públicas regionais na elaboração das medidas de apoio para mitigar os impactos da pandemia, procurando preservar o tecido empresarial regional, evitar o aumento do desemprego e o consequente agravamento da crise social”, pode ler-se no documento enviado à comunicação social com as considerações da reunião de balanço de fim de ano.
As perspetivas para 2021 são, devido aos momentos que continuamos a viver resultantes da pandemia da Covid-19, incertas, embora se preveja a retoma da atividade económica no segundo semestre, a situação ficará muito aquém da vivida no ano de 2019. No turismo, as previsões apontam para uma melhoria, quando comparadas a 2020, mas mesmo assim a 40% dos valores de 2019. Na economia em geral, a perspetiva aponta para uma recuperação de cerca de 5%, quando comparado com 2020.
O turismo assume um papel fundamental na recuperação geral da economia e a reconfiguração das acessibilidades aéreas e marítimas são vistas como um pilar para essa recuperação.
A Direção tem elevadas esperanças relativamente à aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência, bem como no novo plano financeiro plurianual comunitário, sendo que estes poderão introduzir alterações estruturais, de maior sustentabilidade na economia regional, de geração de riqueza e de criação de postos de trabalho, se forem bem aplicados.
“Outro motivo de esperança para 2021 prende-se com as novas políticas anunciadas pelo Governo Regional, designadamente ao nível do alívio fiscal para as empresas e para as famílias, bem como no compromisso de reforçar e dar prioridade ao pilar privado da economia açoriana”, pode ler-se no comunicado da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada/Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria.
A Direção fez ainda votos para que o processo de recuperação da SATA se desenvolva de forma positiva, viabilizando e criando a sustentabilidade de uma empresa fundamental para a mobilidade dos açorianos e, no final do comunicado, pode ver-se o reforço do elogio às empresas pela forma como enfrentaram este ano de pandemia.