A Junta de Freguesia de Gulpilhares e Valadares realizou uma cerimónia de assinatura de protocolos, que visam a atribuição de subsídios, com diversas associações culturais, recreativas e desportivas. No total, a autarquia concedeu mais de 28 mil euros a 13 instituições locais.
A cerimónia de assinatura de protocolos com instituições culturais, recreativas e desportivas de Gulpilhares e Valadares, foi promovida pela Junta de Freguesia, com o intuito de, como afirmou, Alcino Lopes, presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, “apoiar um conjunto de instituições que estão em dificuldades, até pela falta de receitas oriundas dos sócios”.
O autarca aproveitou, ainda, a ocasião para salientar que “sou muito anti cerimónias deste género e, ao longo dos anos, os meus colegas têm-me colocado numa situação em que eu tenho de lhes dar razão, que é o facto de eu, sendo o primeiro responsável, por vezes, ocultar aquilo que se faz ao nível de apoio às instituições. Eu, normalmente, sou contra, mas percebo que eles têm razão e que muitas vezes o que se faz, não passa para a opinião pública”.
“Eu tenho quase a certeza de que a Junta de Freguesia, do concelho de Vila Nova de Gaia, que mais dinheiro transfere para as instituições, somos nós. Não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. É evidente que somos muito mais vocacionados para as instituições que têm prédios da sua propriedade, que querem valorizar e que querem, portanto, fazer obras, e essa é a nossa grande vocação”, sublinhou Alcino Lopes, explicando que “nós, neste primeiro semestre, aprovamos um conjunto de verbas para ajudar as coletividades”.
Neste seguimento, a União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares atribuiu 1750 euros à Associação S. Vicente de Paulo Valadares; 1250 euros à Associação Vicentina de Gulpilhares; 1000 euros ao Corpo Nacional de Escutas 1163 – Gulpilhares; 1000 euros ao Corpo Nacional de Escutas 1306 – Valadares; 2000 euros à Misericórdia de Vila Nova de Gaia – Centro de Dia de Gulpilhares; 2000 euros à Associação Recreativa de Francelos: 3000 euros à Associação Cultura e Desporto Hóquei 1944; 1500 euros ao Miramar Império de Vila Chã; 1250 euros ao Gulpilhares Futebol Clube; 1500 euros ao Teagus – Teatro Amador de Gulpilhares; 6000 euros à Escola EB2/3 de Valadares APEVA; 2500 euros à Escola Secundária de Valadares APEVA; e 4000 euros à Associação de Pais EB1 e Jardins de Infância.
Alcino Lopes referiu que “aqui estão 28 mil e 750 euros”, esclarecendo, a este propósito, que estes protocolos são, “fundamentalmente, de gestão corrente e, depois, podem verificar que, por exemplo, a Misericórdia de Gaia fez um Centro de Dia novo aqui no Lar Salvador Brandão e nós celebramos um acordo com eles e atribuímos uma verba pequena para umas coisas que eles compraram. Depois o Teagus, também, que no seu aniversário fez uma peça de valor patrimonial. A Escola EB2/3 de Valadares que, como sabem, foi totalmente renovada com um grande investimento por parte da Câmara e, depois de estar devidamente concluída, chegaram à conclusão que lhes faltava muito equipamento e, portanto, nós, através da APEVA, atribuímos um subsídio de 6 mil euros que já receberam. A Escola Secundária de Valadares e a APEVA queriam oferecer uma lembrança aos alunos do quadro de excelência, mas não tinham orçamento para assumir esse encargo, pelo que nós também pagamos e, por exemplo, à Associação de Pais das nossas EB1 e Jardins de Infância atribuímos um valor de 4 mil euros, porque as associações de pais são extremamente importantes na comunidade educativa. Se não fosse o empenho dos pais e das associações, as nossas escolas, em alguns momentos, passavam um mau bocado, porque falta sempre qualquer coisa e a legislação não é muito clara, relativamente a quem deve fazer a entrega de algumas coisas que fazem parte do dia a dia das escolas do 1º ciclo e jardins de infância”.
Posteriormente, o presidente da Junta de Freguesia anunciou que “há aqui instituições que podem entrar no próximo ato protocolar, que vai acontecer daqui a cerca de um mês, que tem a ver com investimentos que se possam fazer nas coletividades”, adiantando que, ”por exemplo o Miramar Império tem um protocolo de investimento em curso. Também o Agrupamento de Escuteiros de Valadares tem um problema que vamos solucionar, porque foi assaltado e danificaram a sede, portanto brevemente também será chamado. Se houver alguém que tenha uma infraestrutura própria e tiver necessidade, se nós tivermos capacidade, nós ajudamos. Logo, brevemente vai haver outro ato, onde vão estar os Bombeiros de Valadares, o Rancho Regional de Gulpilhares, o Valadares Gaia Futebol Clube, e é possível que haja mais alguns, mas ainda não fizemos a votação dos valores”.
Alcino Lopes mencionou, ainda, que “para terem uma noção de que de facto o dinheiro é curto e tem de ser bem gerido, nós vamos ter, brevemente, um ato que nos diz muito, que é a cerimónia dos alunos do quadro de valor e excelência, que é algo que, a nós, nos toca muito. O ano passado tínhamos à volta de 250 e, na altura, eu e os meus pares dizíamos que a meta seria os 300 e, por incrível que pareça, de 250 passou para 327 alunos a premiar. Cada um recebe um cheque no valor de 125 euros, mais uma prenda que custa cerca de 20 euros, o que perfaz uma despesa de cerca de 47 mil e 150 euros. Portanto, é assim que o dinheiro se vai gastando, mas como eu digo, para nós, é um enorme prazer podermos ajudar e, também, podermos fazer uma grande festa, com os alunos que se empenham todos os anos, para estarem num patamar superior”.
No final, o autarca disponibilizou-se para ouvir as sugestões das associações presentes, sendo que, neste âmbito, João Costa, presidente da ARC Gulpilhares, aproveitou para destacar que o presidente “deve divulgar o que dá e aquilo que tem feito” e para revelar que a sede da associação está degradada e já não reúne as condições de segurança necessárias. O presidente da Junta de Freguesia de Gulpilhares e Valadares mostrou-se disponível para analisar e conversar sobre o assunto, lembrando que “se houver algum problema grave, devido à situação da pandemia, falem connosco. Nós estamos cá para tentar resolver alguma emergência e para tentar minimizar as coisas”.