Pela primeira vez, Vila Nova de Gaia cobriu-se de branco, à semelhança de Braga e Gondomar. Este evento cultural, que decorreu entre os passados dias 9 e 10 de setembro, foi organizado pela Associação para o Desenvolvimento de Gaia (AMARGAIA) e teve como principal objetivo promover a dinamização de todo o setor empresarial da região. Assim, durante dois dias, a zona histórica do município foi palco desta iniciativa, que contou com muita animação de rua, inúmeros espetáculos musicais e atraiu milhares de pessoas.
A zona histórica de Vila Nova de Gaia recebeu, entre os passados dias 9 e 10 de setembro, a primeira Noite Branca, que foi organizada pela Associação para o Desenvolvimento de Gaia (AMARGAIA), com o apoio do município e da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada.
Com entrada livre, espetáculos e muita animação, o evento, que se distribuiu por vários palcos, nomeadamente Sandman Stage, WOW, Douro Gaia e AMARGAIA, foi inaugurado no dia 9 de setembro, às 20 horas, a bordo de uma embarcação da empresa Manos do Douro, que partiu junto à Ponte Luís I e contou com a presença de inúmeras individualidades, artistas e representantes de instituições, que foram agraciados com um espetáculo musical, protagonizado pelo DJ Zé Araújo, que também encerrou a noite. Posteriormente, houve fado, seguindo-se jazz e os espetáculos protagonizados pela Banda H1, Broa de Mel, Tino de Rans e Kind of Magic.
No dia seguinte, a animação começou às 15 horas, com as atuações das Varinas d’Afurada, Perspective Dance, Rancho Folclórico do Centro Cultural dos Trabalhadores do Areinho – Oliveira do Douro e Fanfarra Juventude da Madalena, ao passo que à noite, foi João Pedro Dias Trio quem subiu ao palco, antecedendo a artista Klara Rodrigues, o Duo Salomé Rodrigues, fado, Feel the Steel, Forrobodo, Miguel Araújo e o Dj Pedro Abreu, que encerrou esta que foi a primeira Noite Branca de Gaia.
De acordo com Manuel António Ribeiro, presidente do conselho diretivo da AMARGAIA, “nada disto seria possível sem a ajuda da Junta de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada. Quero agradecer o senhor presidente, Paulo Lopes, por ter abraçado o projeto desde a primeira hora, à Câmara Municipal de Gaia pelo apoio logístico e à equipa da AMARGAIA”.
Assegurando que “nunca imaginamos chegar até aqui” e que “Gaia vai beneficiar do esforço que nós fizemos”, o presidente da Associação para o Desenvolvimento de Gaia enalteceu ainda que “considerando o que nós conseguimos fazer, com o esforço de cada um, o resultado será bem maior na segunda, terceira, quarta e quinta edições”.
Também, Paulo Lopes, presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, fez questão de marcar presença nesta iniciativa, ressaltando, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, que “vejo com enorme agrado, acredito, tenho fé e esperança que seja um evento que se venha a afirmar ao longo dos anos. Esta é a primeira Noite Branca de Gaia, um projeto da AMARGAIA, que nós abraçamos desde a primeira hora, porque nos revemos no evento. Julgo que é uma iniciativa que vai catapultar a marca Gaia, não só na nossa região, mas também no país e, sobretudo, além-fronteiras, porque nós reunimos condições naturais de fluência. Repare o evento realizou-se entre o Rio Douro, a Ponte Luís I, o Mosteiro da Serra do Pilar, as caves de vinho do Porto, o Convento de Corpus Christi e a malha urbana, porque é através da malha urbana que se consegue catapultar e organizar este tipo de eventos, com a energia que a AMARGAIA tem demonstrado, com o apoio da Junta de Freguesia e, muito naturalmente, também, de um dos parceiros principais, que é a Câmara Municipal. Portanto, julgo que estão reunidas as condições para que a Noite Branca de Gaia se afirme de ano para ano e é verdadeiramente esse o meu desejo. Nós não queremos ladear com aquela que é uma das melhores noites brancas da Europa, a de Braga, nós queremos a nossa própria noite, queremos a Noite Branca de Gaia”.
Por conseguinte, o presidente da Mesa da Assembleia da AMARGAIA e presidente da União de Freguesias de Serzedo e Perosinho, João Morais, parabenizou a instituição organizadora pela realização deste evento, sublinhando, a este órgão de comunicação, que “acho que Gaia merecia uma Noite Branca há muitos anos a esta parte e eu penso que o primeiro passo foi dado, o resultado está à vista, com pernas para andar e, certamente, com muita margem para melhoria”, ao passo que a sua esposa, Elvira Santos, evidenciou que “vejo este evento com muito bons olhos e espero que se repita por muitos e muitos anos, pois é uma iniciativa que congrega bastante gente e congregará cada vez mais, com certeza”.
O presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, Paulo Rodrigues, foi outra das individualidades que fez questão de não faltar a esta Noite Branca, salientando, ao AUDIÊNCIA, o facto de ser “um evento que se realiza pela primeira vez no nosso concelho. A AMARGAIA está de parabéns, pela realização da iniciativa, que contou com a colaboração quer da Junta de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, quer da Câmara de Gaia e da Federação das Coletividades e contou com a participação de algumas associações, que se quiseram também juntar à primeira Noite Branca de Gaia”.
Já, Luís Godinho de Pina, secretário da Mesa da Assembleia da AMARGAIA e da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares e colaborador da autarquia, aproveitou a ocasião para destacar que “a AMARGAIA é uma instituição fantástica, que está ao serviço da população e das empresas, de uma forma geral”, asseverando que, este evento, dá a conhecer a instituição, o seu dinamismo e presta, de certo modo, uma homenagem à cidade”.
Tino de Rans, artista e fundador do partido RIR, foi um dos cabeças de cartaz da primeira Noite Branca de Gaia e, entre risos e muita alegria, revelou, a este órgão de comunicação, que “toda a gente sabe que Gaia é uma terra muito importante na minha vida. Foi, em Miramar, a primeira vez que eu vi o mar, durante uma visita de estudo, andava eu na primária. Portanto, eu vi o mundo a partir daqui e nunca mais me esqueci. Claro que, desde aí, não só vejo o mar, mas também estas terras e estas pessoas. Aqui, eu jogo em casa, aqui continuo a ser feliz”, afiançando que “quem faz os espetáculos são as pessoas. Claro que, quando eu subo para cima de um palco dou tudo o que é alegria e reparto-a com o público, ao ponto de ela chegar não só a quem está presente, como a quem não está”.
Sorridente e a pensar no futuro, Manuel António Ribeiro assegurou a continuidade deste evento que, durante dois dias, trouxe música, cultura, animação e milhares de pessoas a um cenário idílico.